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Uma aula de geofísica: por que acontecem tantos terremotos na Itália?

Tremor de 6.2 de magnitude atingiu região central do país na madrugada desta quarta-feira, deixando vários mortos e feridos.

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Foto: Reprodução/Google

A cidade de L’Aquila foi palco de uma tragédia que resultou na perda de mais de 300 vidas humanas devido a um terremoto. Infelizmente, este tipo de evento é uma ocorrência trágica frequente na história da Itália, onde, ao longo de séculos, incontáveis pessoas pereceram em tremores de terra semelhantes ao ocorrido em L’Aquila.

Para entender um pouco melhor esse fenômeno, a Curiozone vai mostrar pra você o motivo pelo qual existem tantos terremotos na Itália, esse país europeu com uma longa costa mediterrânea e que no mapa parece uma grande bota.

Por que esses terremotos são tão frequentes?

Na Itália, é comum ocorrer terremotos durante a madrugada ou nas primeiras horas da manhã, como aconteceu em 1908 quando uma série de tremores seguidos por um tsunami devastou a região de Messina, causando a morte de mais de 80 mil pessoas.

Em 1980, foi a região de Éboli no sul de Nápoles, que amanheceu devastada e com mais de dois mil e setecentos mortos. Ao longo da história a cidade medieval de l’aquila já vinha sendo sacudida por tremores, mas em 2009 a destruição foi enorme. Cerca de mil feridos e mais de 300 mortos. Agora, foi a matriciana.

Tremor de Láquila que atingiu a região central da Itália.

Os registros dos tremores feitos por estações brasileiras, foi feito pelo centro de sismologia da USP, que captou o terremoto lá na Itália e boa parte da explicação pra tanta tristeza e destruição está na localização do país em forma de bota.

A Itália está localizada perto da borda de duas placas tectônicas a da eurásia e a africana. Para complicar, existe ainda uma microplaca chamada adriática na costa leste italiana. O movimento complexo dessas placas tectônicas para acomodar terrenos superficiais, provocou o terremoto dessa madrugada.

Tremor que atingiu a região central da Itália.

“É uma região que tem bastante movimentação, não tão constante quanto o Chile, que é uma região de contato de grandes placas, mas por ter microplacas acontecem sismos quase que todo ano, que acabou sendo significantes na região”. É que o diz o Marcelo Bianchi, professor IAG/USP.

Faz tempo, mas já tivemos um terremoto parecido no Brasil

“Em 1955 na serra tombadora, a gente teve um sismo de tamanho ou energia equivalente a esse de matriz 6.2 também e que aconteceu. Foi o maior sismo brasileiro que a gente teve mas graças a Deus não gerou nenhum dano porque na época não tinha grandes cidades em volta.”

O professor de geofísica explica ainda que o terremoto na Itália, não foi tão profundo. O que não é nada bom.

“Essa região da Itália, ela sofre sismos muito rasos. E esse sismo com certeza, foi menos de dez quilômetros. Por esses sismos serem muito rasos e acaba vibrando muito as casas as regiões onde estão próximas”, diz Marcelo Bianchi, professor de geofísica da USP.

O perigo e a dificuldade de resgate, ficam ainda maiores por causa do peso das tradições. As casas de pedra e as construções antigas são parte da beleza italiana, uma beleza que a natureza, nem sempre deixa de pé.

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