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Animais

De tanto acasalar, uma tartaruga macho reproduziu 800 filhotes e salvou sua espécie da extinção

Diego tem um grande apetite sexual, mesmo estando dentro de um cativeiro

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Ela é uma tartaruga macho e tem mais de 100 anos de idade. A tartaruga Diego de Galápagos, no oceano Pacífico ficou famosa no mundo todo e agora está sendo considerada a grande responsável por recuperar a população desses animais em sua ilha nativa, Española, e, dessa forma salvar sua espécie da extinção.

De acordo com informações do portal G1, esta é uma tartaruga da espécie Chelonoidis hoodensis, que pra quem não sabe, é uma espécie encontrada na natureza somente nesta ilha ao sul do arquipélago de Galápagos, no oceano Pacífico.

Tartaruga Diego, que de tanto acasalar acabou salvando sua espécie da extinção fazendo nascer 800 filhotes.

O arquipélago ficou Famoso mundialmente por ter sido alvo de estudos do naturalista inglês Charles Darwin, autor da Teoria da Evolução, por conta de sua grande biodiversidade, esse arquipélago ficou com apenas dois machos e 12 fêmeas há 50 anos. O problema, é que esses animais estavam espalhados demais pela ilha para que conseguissem se reproduzir, só que o apetite sexual de Diego reverteu a situação. Ele se tornou pai de cerca de 800 filhotes, vivendo em um centro de reprodução na ilha Santa Cruz, uma das maiores de Galápagos.

“Ele é um macho reprodutor muito ativo sexualmente e contribuiu enormemente para repopular a ilha”, disse Washignton Tapia, especialista em preservação de tartarugas do Parque Nacional de Galápagos, à agência AFP.

As medidas de Diego: 80 kg, 90 cm de comprimento e 1,5m de altura (se esticar suas pernas e pescoço). Ele é o macho dominante entre os três selecionados para recuperar a espécie em Española, e convive com seis fêmeas, que são suas parceiras nesta missão.

Diego foi achado no zoológico de San Diego, nos Estados Unidos – daí veio seu nome -, após a espécie ter sido identificada por cientistas e uma campanha internacional ter sido lançada para encontrar mais exemplares desse tipo raro de tartaruga.

“Não sabemos exatamente como ou quando ele chegou aos Estados Unidos. Deve ter sido retirado de Española entre 1900 e 1959 por uma expedição científica”, afirmou Tapia.

A tartaruga macho foi levada de volta para Galápagos em 1976 e incluído no programa de reprodução da espécie.

O apetite sexual de Diego salvou sua espécie da extinção.

Os cientistas não tinham conhecimento de o quanto ele havia contribuído para essa meta até uma análise genética mostrar há seis anos que ele era pai de 40% dos filhotes liberados na natureza pelo projeto.

Ao todo, 2 mil tartarugas foram distribuídas pela ilha. Hoje, a espécie não está mais ameaçada de extinção.

“Não diria que a espécie está em condições perfeitas, porque registros históricos mostram que houve provavelmente mais de 5 mil tartarugas na ilha. Mas está indo muito bem – e aumentando, o que é mais importante”, disse Tapia.

Das 15 espécies de tartarugas gigantes com origem em Galápagos, três foram extintas, vítimas dos piratas do século 18 que pilharam o frágil ecossistema do arquipélago.

Entre aquelas ameaçadas atualmente, nem todas têm um macho como Diego para vir ao seu resgate. A esperança de recuperar a espécie Chelonoidis abingdoni morreu junto com seu último sobrevivente conhecido: George, o centenário Solitário que infelizmente morreu em 2012 depois recusar por muitos anos a reproduzir em cativeiro.

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