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Ciência

Especialistas contrariam a OMS e dizem que não existe “vício em videogame”

A medida já tinha sido anunciada em janeiro, porém ainda faltava a publicação.

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Recentemente a OMS incluiu em sua lista oficial de doenças o vício em videogames. O transtorno, de acordo com a Organização Mundial da Saúde, estaria relacionado à outros problemas como baixa autoestima, mal-estar e depressão. Para muitos profissionais da área porém, a OMS está se precipitando até demais, justamente porque os estudos a respeito do tema não são conclusivos.

O professoar associado e diretor de pesquisa do Oxford Internet Institute, Andy Przybylski, concedeu uma entrevista ao jornal britânico The Guardian tecendo fortes críticas a ação. “O que é muito importante entender sobre isso é que essas correlações são extremamente pequenas”, disse. “E 99% do bem-estar de uma criança não tem nada a ver com telas, independentemente de como você mede isso”.

Especialistas contrariam a OMS e dizem que não existe “vício em videogame”.

Já para o professor de psicologia e ciência da Universidade de Bath, Pete Etchells, a correlação não está necessariamente errada, entretanto é bem prematura. “A melhor evidência que temos atualmente sugere que algum tempo de tela, algum vídeo game por dia, é melhor do que nenhum, especialmente para o bem-estar infantil”, declarou.

Isso quer dizer então que está liberado passar 24h por dia 7 dias por semana jogando Fortnite? Não necessariamente. A discussão aqui é sobre classificar o hábito como doença, e não se existe um tempo limite pra que você passe o tempo jogando.

Menino jogando videogame no sofá.

Max Davi, médico do Royal College of Paediatrics, essa é uma questão familiar, e cabe aos pais educarem os filhos a controlarem o seu tempo de tela e praticarem outras atividades.

Se o problema fosse esse…

Em 2011, a Coreia do Sul adotou uma política de toque de recolher nos jogos online para menores de 16 anos entre a meia-noite e às 6h da manhã. Não é preciso nem dizer que a prática não funcionou e que a maioria dos jovens pesquisados disse continuar sem dormir de madrugada, só que fazendo outras coisas. No fim das contas, não eram os games que os deixavam acordados.

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