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Editorial

As críticas válidas e inválidas de Débora Aladim

YouTuber de educação mostra sensatez ao apontar erro do ENEM, mas surpreende ao fazer uma crítica sem fundamento sobre a redação.

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Débora Aladim fez um vídeo em seu canal do YouTube criticando o ENEM. São críticas extremamente válidas e muito bem feitas do ponto de vista das questões como um todo. Segundo ela, é exigido demais de um aluno que acabou de sair do ensino médio. É importante entender que as críticas de Débora, porém, não se aplicam tão somente a prova de 2019 como ela diz, mas todas as anteriores. A principal característica que diferencia a prova de 2019 das anteriores, é que ela se mostrou isenta de ideologias. Em outros aspectos, ela não se mostrou ser diferente em nada das que antecederam.

O problema começa quando Débora critica a redação dizendo que o tema não é abrangente. Débora diz que o tema é sobre a falta de acesso que os brasileiros tem ao cinema.

O professor Claudio Drummond, criador do projeto Bem Dito Português (que nós inclusive já divulgamos) gostou do tema. Em seu perfil, o professor comenta que o tema dá margem a muitas discussões, contrariando o que Débora afirma.

O tema? “Democratização do acesso ao cinema no Brasil”

Débora acredita que o tema foi exclusivo e elitista pois observa o tema da redação no sentido único de ir ao cinema. Débora pontua ainda, o problema dos textos motivadores, só que os textos motivadores apesar do nome, não são a única fonte de motivação, e sim um complemento para aquilo que o aluno já deveria estar preparado: argumentar.

De acordo com o professor Claudio, já que se trata de uma dissertação argumentativa, existem pontos a se considerar: “As salas de cinema estão preparadas para portadores de necessidades especiais?”, “Sem dúvidas que o valor do ticket no fim de semana é alto, mas durante a semana há promoções…”. Observamos aqui, que vários caminhos e possibilidades de argumento foram colocados a disposição do candidato.

Uma curiosidade interessante e que pouca gente percebeu, é que o MEC meio que deu uma pista sobre o que poderia ser o tema da prova de 2019, quando divulgou em seu canal no YouTube, no dia 29 de outubro, uma ação do ministério.

O título do vídeo é: “MEC vai incentivar cinemas acessíveis nas unidades da Federação”. Basicamente, em parceria com a Fundação Joaquim Nabuco, vinculada ao MEC, o projeto quer levar a iniciativa de acessibilidade para deficientes nos cinemas de todas as regiões do país. A primeira dama Michelle Bolsonaro é conhecida pela sua plena dedicação com os deficientes auditivos e parece estar envolvida no projeto. Quem pesquisou mais sobre o assunto, com certeza se deu muito bem na hora de argumentar e produzir seu texto.

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