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A “Guerra Fria” que começou entre Suécia e China

Pouca gente percebeu, mas há um conflito entre Suécia e China depois que um cidadão sueco foi preso pelo governo chinês

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Você sabe muito bem o porquê da Guerra Fria, que aconteceu entre os EUA e a URSS ter esse nome, não sabe? Basicamente porque, embora fosse uma guerra, não havia ataques militares entre os países. Na matéria de hoje, a Curiozone mostra mais uma vez com fontes destacadas pelo texto, como a Suécia está brigando com a China, depois que o governo chinês decidiu atacar e tornar um cidadão sueco seu prisioneiro.

Bandeira da Suécia.

Tudo começou em 2015, quando Gui Minhai, um escritor de Hong Kong naturalizado sueco, famoso por suas críticas ao regime de Pequim, sumiu na Tailândia, suspeito de ter sido sequestrado pelo governo de Pequim. Gui Minhai falava pelos cotovelos do regime comunista chinês e acabou sendo preso.

Há poucos meses, já em fevereiro deste ano, quase cinco anos depois, o governo chinês, no meio de toda essa pandemia, veio a público dizer que o escritor “tinha” renunciado a cidadania sueca, sendo condenado a 10 anos de prisão.

Não é preciso nem dizer que a Suécia se enfureceu exigindo sua libertação, e dizendo repetidamente que Gui era cidadão sueco, e não chinês. Como resposta ao governo chinês, a Suécia fechou todas as filiais do Instituto Confúcio presentes no país – máquinas de propaganda chinesa que são controladas pelo partido, com presença em algumas das principais universidades do mundo. Depois disso, cidades como Västerås, Linköping e Luleå cancelaram o acordo de amizade com Xangai, depois de Gotemburgo ter tomado essa decisão.

Gui Minhai, cidadão sueco, crítico do regime chinês.

Gui Minhai foi homenageado, em novembro de 2019, com um prêmio de liberdade de expressão. A China vestiu a carapuça da indireta e, por meio de sua embaixada chinesa em Estocolmo, disse que o prêmio era “não só uma farsa, como também uma zombaria da genuína liberdade de expresão”, nascida de uma “agenda política oculta e preconceitos e hostilidades consistentes contra a China”.

Depois desse fato, o governo chinês subiu o tom, dizendo que os suecos “sofreriam as consequências de suas próprias ações”, comparando as críticas da imprensa sueca ao governo chinês como a de um boxeador equivalente a 45 que desafia um de 86 kg.

Pra que? O Ministério das Relações Exteriores, logo depois disso, disse em público que a ameaça chinesa era inaceitável, só que mesmo assim o embaixador chinês continuou agredindo ao dizer: “Tratamos nossos amigos com bom vinho, mas para nossos inimigos temos espingardas”.

Desde então, a China vem provocando a Suécia de todas as formas possíveis, inclusive com ameaças de embargos econômicos, que pra quem não sabe, é quando existe a proibição do comércio e da comercialização com um determinado país, como um castigo para os políticos, as políticas ou atos do país embargado.

E com as recentes críticas que França, Estados Unidos e União Européia vem fazendo à China, a Suécia decidiu comprar a briga na União Europeia para que seja investigada a origem do novo coronavírus, colocando a China no centro das atenções da responsabilidade sobre a pandemia.

Ao que parece, a culpa da China nessa pandemia, vem sendo cada vez mais evidenciada pelos países do mundo e, agora com a ajuda da Suécia, parece que o governo chinês não vai ter como escapar.

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