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Colecionadores pagam até R$ 275 por cédula antiga de R$ 1

É hora de ver se não tem uma nota de R$ 1 perdida por aí porque tem gente querendo pagar por ela.

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Foto: Reprodução/Google

Sabe aquela nota de R$ 1 antiga que já não é produzida pelo Banco Central há anos? Se você aproveitar esse período de isolamento social por conta do novo coronavírus que surgiu na China para arrumar o quarto e encontrar uma cédula antiga, saiba que você é uma pessoa de sorte. Se você encontrar um desses, saiba que podem ter valores até 275x maiores. Uma dessas notas que tem muito valor no mundo “numismático” (forma como é conhecido esse universo de colecionadores de moedas e cédulas) é a cédula de R$ 1. Pra quem não sabe, a nota teve sua primeira impressão em 1994 pela Casa da Moeda do Brasil e deixou de ser produzida a partir de 2005.

Coleção com variações de cédulas de R$ 1.

Especialistas foram consultados para apontar as cédulas e moedas que podem ter um valor considerável. É bom lembrar antes de tudo, que o numismata é o nome dado ao estudioso em cédulas e moedas antigas. Sim, existem pessoas que trabalham unicamente com o estudo, ser colecionador ou até mesmo vendedor desse tipo de material.

Inclusive, existem diversas lojas numismáticas que vendem cédulas e moedas antigas do Brasil, desde o período imperial e, em tempos de pandemia, esse mercado se adaptou à tecnologia com vendas por meio de sites ou comercializações por leilões que são organizados entre colecionadores através de grupos de WhatsApp.

Cédulas de R$ 2 com letras CJ, de 2015, e de R$ 5 com letras DF, de 2016, que são consideradas muito valiosas pelos colecionadores.

Bruno Pellizzari, de 24 anos, é advogado e diretor social e de divulgação da Sociedade Numismática Brasileira (SNB). Ele contou em entrevista à CNN, que o setor continuou movimentado mesmo com a pandemia, já que muitas pessoas encontraram tempo para organizar e comprar virtualmente peças que faltam em sua coleção.

Pellizari explica que quem tem loja física, mas não tem atendimento via internet sentiu um impacto maior. Esses, segundo ele, tiveram que se reinventar. Por outro lado, no caso dos que trabalham pela internet, pelo fato de as pessoas estarem em casa, elas passaram a se dedicar a outras atividades, e é aí que a numismática entra como hobby. Essas pessoas aproveitaram para organizar as coleções e buscar novas peças, o que fez o setor manter a operação.

Quem determina o preço?

De acordo com Pellizari, o que vai determinar o valor da peça é a quantidade que ela foi feita, a demanda do mercado e o estado de conservação. Segundo o advogado, pelo fato de terem sido feitas em uma grande quantidade, moedas do Império, que você pode pensar que são de grande valor, na verdade valem poucos reais.

Uma curiosidade interessante, é que as regras desse setor que definem o valor de uma peça são as mesmas em todo o mundo. Contudo, em cada país geralmente existem catálogos publicados por estudiosos com indicações de valores das peças.

Sobre o estado de conservação, os colecionadores vão preferir sempre as peças que estejam mais próximas possível de qualidade total. Uma cédula sem nenhuma avaria (aquela retirada diretamente do caixa eletrônico, com “cheiro de banco”, sem nenhuma dobra, amasso ou risco) é classificada como “flor de estampa”.

As de R$ 1

Existem mais de 148 mil unidades de cédulas de R$ 1, segundo consulta ao Banco Central. Dessas, existe um modelo com valor de R$ 275.

Só que vale lembrar que os colecionadores não vão pagar R$ 275 por qualquer nota, isso porque segundo o engenheiro Ruy Peretti, colecionador e membro da SNB que participa de leilões e vendas, há uma série específica bem valorizada quando em estado flor de estampa (cédula perfeitamente preservada com papel limpo, firme e sem descoloração com os cantos agudos e sem vestígios de dobras ou marcas).

Nota com as letras BA e assinadas por Pedro S. Malan e Gustavo J. L. Loyola.

Segundo ele, é a que tem junto à numeração as letras BA, nessa ordem, assinadas por Pedro S. Malan e Gustavo J. L. Loyola. São séries que vão de 0001 até 0072 (uma série é determinada pelos quatro primeiros números da cédula. As outras, de acordo com Ruy, variam de R$ 10 a R$ 95, dependendo da série e de estarem flor de estampa.

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