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Em meio a ataques de ódio, Havan cresce com novas lojas e faz propaganda na Globo

Falem bem ou falem mal, mas falem de mim.

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Foto: Reprodução/Google

“Falando bem ou falando mal, estão falando de mim”. Talvez essa seja a frase que melhor traduz o atual momento que vive a Havan, rede de lojas de departamento catarinense que está presente, hoje, em 19 estados da federação brasileira.

Luciano Hang, famoso por ser um empresário de posições firmes, fortes e até polêmicas, desde que se tornou garoto propaganda de sua própria loja e assumiu seu lado na crise da pandemia, ao mesmo tempo em que viu sua empresa sofrer hate, também viu ela crescer cada vez mais.

Filial da Havan, rede de lojas de departamento catarinense.

Seja por conta de ter sido alvo de ataques de ódio pela aceitação do Flamengo em tê-la como patrocinadora, seja por “tirar a Globo do castigo” voltando a investir em um comercial milionário na emissora, esta semana a Havan, mais uma vez, ganhou as manchetes da mídia. E não só isso, novas lojas já foram abertas.

A Havan, que mira também o nordeste para expansão de seus negócios, abriu uma nova filial em Resende, no Rio de Janeiro esta semana. Segundo Diogo Balieiro, prefeito da cidade, 250 novos empregos diretos foram gerados, sem contar os indiretos.

Talvez a abertura da nova loja tenha sido o motivo para que a Havan tivesse decidido tirar a Globo do “castigo”.

Pra quem não sabe, a empresa, em 2019, decidiu suspender todas as campanhas publicitárias feitas nos principais programas da emissora, por não compactuar com seu posicionamento ideológico. Isso a nível nacional, já que segundo o comunicado assinado por Luciano Hang, as propagandas, porém, continuavam nas emissoras afiliadas.

Reprodução do vídeo comercial com o empresário Luciano Hang, da Havan exibido no intervalo do Fantástico.

A TV Globo, na época, se pronunciou por meio de um comunicado sobre o boicote: “A Globo acredita que entrega para as marcas anunciantes as melhores oportunidades de conexão com seus públicos e tem por princípio não comentar nenhuma decisão e/ou estratégia de mídia de seus parceiros”.

O fim do castigo inegavelmente parece ter sido bom pra emissora. R$ 1,3 milhão, essa foi a cifra paga por Hang, para que sua loja aparecesse por 60 segundos no intervalo do Fantástico, a revista eletrônica da TV Globo.

Mas não foi somente na emissora carioca que o empresário decidiu injetar sua grana. Além do Brusque-SC, do Athletico-PR e do Vasco, Hang também fez investimento no time dono da maior torcida do mundo, que por meio de seu Conselho Deliberativo, aceitou a chegada da Havan como patrocinadora.

De acordo com informações do LANCE, o patrocínio da Havan vai render cerca de R$ 6,5 milhões aos cofres do Flamengo pelos sete meses e meio de vínculo. Mesmo assim, o assunto que parecia ser político, não deixou de ser papo de futebol, dividindo torcedores dentro do próprio clube.

Teve quem aplaudiu de pé, como também teve até quem disse que não iria torcer mais para o clube.

O clube mesmo, admitiu não ter nenhum lado nessa discussão, mostrando que quer mesmo é receber investimentos, não importa de que patrocinador seja.

E o recado foi claro, até mesmo pra um jornalista do jornal O Globo, que também não gostou nada da chegada da Havan no clube, que deu a resposta: “O Flamengo é plural e, ao contrário do colunista, seu presidente considera que seria absurdo discriminar a empresa em função das convicções pessoais de seu controlador.”

E não discrimina mesmo.

Para o lado político que o dono da empresa que o patrocina gosta, o Flamengo segue o que prega em seu estatuto e não tá nem aí. Vale lembrar que a MOSS (que tem como CEO o empresário Luis Felipe Adaime, abertamente contra o governo Bolsonaro, diferente de Hang) também é uma das patrocinadoras do clube.

Mas os ataques de ódio nas redes sociais não vieram só de uma parcela dos torcedores do Flamengo. O medalhista de prata das Olimpíadas de Londres-2012 Esquiva Falcão, que teve que trabalhar de motoboy fazendo entregas em meio a pandemia, mas viu sua sorte mudar depois de receber o patrocínio da Havan, também acabou sendo alvo de ódio nas redes sociais.

Boxeador Esquiva Falcão, medalhista de prata, de 31 anos atuando como motoboy no negócio elaborado por sua mulher para ajudar nas despesas em meio à pandemia.

Ao invés de celebrar o novo momento, muitos se viram no direito de criticá-lo, e disseram que iriam parar de segui-lo e até mesmo torcer para ele.

Em sua conta oficial no Twitter, o atleta se manifestou:

“Estou vendo aqui uma galera reclamando que eu estou fechado com a Havan e parando de me seguir. A Havan é meu patrocinador (sic) oficial que vai me ajudar a chegar no título Mundial. Não confundi patrocínio com política. Tem pessoas deixando de torcer só porque agora faço parte da Havan.”, disse o boxeador.

A manifestação de Falcão, recebeu reforço de Danilo Gentili: “Não ser seguido por gente assim é um privilégio.”, disse o humorista.

Mas por que tanta polêmica? O desgosto dos haters da Havan se confunde com o desgosto de alguns por Bolsonaro. Luciano Hang, que virou a cara de sua própria loja, jamais escondeu seu apreço pelas políticas econômicas do presidente. Mesmo na pandemia, quando muitos pensavam que iria parar, Hang continuou a apoiá-lo.

Sua loja que até então, apesar do tamanho, não tinha cara de hipermercado, passou a vender os chamados “produtos essenciais” e conseguiu se manter aberta empregando seus milhares de funcionários, o que invocou a ira do youtuber Felipe Neto: “É isso mesmo que você está lendo. O desgraçado [Hang] decidiu tentar driblar a quarentena colocando arroz e feijão nas lojas”, escreveu o influenciador.

Luciano, com todo seu bom humor, rebateu: “Driblar? Rapaz sou ruim que só no futebol! Não estou dibrando [sic] nada, tudo que estou fazendo está dentro da lei”, disse Hang.

As polêmicas não pararam por aí. Em dezembro, foi divulgado que o jornal Folha de S. Paulo, juntamente com a repórter Patrícia Campos Mello, foram condenados em 1ª instância a pagar uma indenização de R$ 100 mil para Luciano Hang. O motivo: uma reportagem que deu o que falar. Em 2018, a jornalista da Folha acusou, sem provas, o empresário de ter financiado disparos em massa no WhatsApp para influenciar a campanha do então candidato à presidência, Jair Bolsonaro.

“É revoltante e triste para o nosso país, ver que um dos jornais de circulação nacional, usa da sua estrutura para destruir a imagem de pessoas e divulgar mentiras. Mas a verdade nunca falha.”, disse o empresário.

Luciano Hang e o presidente Jair Bolsonaro.

O que pouco se divulgou, por outro lado, é que Hang teve forte participação na assistência aos necessitados durante a crise. Cerca de 200 cilindros de oxigênio foram doados por ele para Manaus. Além disso, o empresário também anunciou, juntamente com Carlos Wizard, a doação de 100 milhões de doses de vacinas contra a Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus que surgiu na China.

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