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Ex-feministas criam perfil para expor falsas denúncias e combater “tribunal da internet”

Em entrevista, ex-feministas falaram mais sobre falsas acusações e o “tribunal da internet”.

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Karen Marins é o nome de uma mulher que tem 31 anos e já foi vítima de abuso sexual na infância. Talvez você não se lembre desse nome tão facilmente ao citar esse triste acontecimento que marca a vida de Karen. A lembrança que é mais comum quando citam seu nome, é pelo fato de estar envolvida no episódio polêmico de alguns meses, quando Mariana Ferrer declarou ter sido dopada e estuprada por André Aranha.

Karen, paulista, estudante de direito, se viu envolvida como testemunha no caso e, a partir daí, passou por uma série de adversidades: teve que participar de diversas audiências, se viu com depressão, além de ser acusada por Mariana Ferrer de integrar uma quadrilha de venda de mulheres virgens para homens ricos.

Dámaris Nunis e Karen Marins, ex-feministas que mantêm o perfil Manas e Manos, dedicado a “lutar contra falsas denúncias e injustiças”.

Meses de investigação se passaram até que a Justiça inocentou André Aranha das acusações, em primeira instância, por conta da falta de provas.

Mariana sustenta que teria acontecido um complô que envolvia o Café de La Munique, pessoas que, assim como Karen, trabalhavam no lugar, a Polícia Civil, peritos que atuaram no caso, o juíz responsável pela ação, o promotor de justiça e até mesmo suas próprias amigas. Todos com o objetivo de favorecer a inocência do réu. Contudo, ela jamais apresentou provas comprovando suas alegações.

Reprodução da foto de Mariana Ferrer.

O caso, no entanto, era desconhecido do público, até que uma matéria, feita pelo The Intercept Brasil, citou falsamente que Aranha foi absolvido por “estupro culposo”, um tipo penal inexistente na legislação brasileira. O problema, é que até uma decisão judicial determinar que o site retificasse a informação, esclarecendo que não houve menção ao termo na sentença, nas alegações finais e em nenhum momento do processo, o caso gerou revolta nas redes sociais.

E não somente isso, o The Intercept Brasil também foi obrigado judicialmente a revelar ao público que manipulou o vídeo da audiência realizada em julho de 2020, na tentativa de mostrar que houve injustiças durante a audiência.

A revolta com o caso, serviu para que Karen, vítima de abuso sexual e agora ex-feminista, criasse, no Instagram, o perfil Manas e Manos, que tem como lema “justiça para todos, independentemente de gênero”.

Juntamente com Karen, está Dámaris Nunis, de 23 anos, formada em direito. No projeto, elas se dedicam a lutar contra o que consideram falsas denúncias, além de defender as “verdadeiras vítimas”.

O jornal Gazeta do Povo convidou ambas para uma entrevista, onde elas esclareceram tudo sobre o projeto. Na entrevista, Karen Marins diz que o caso Ferrer foi o início de tudo, mas ela não atribui a criação do Manas e Manos, com mais de 80 mil seguidores só por causa de Mariana Ferrer, e sim porque segundo ela “há muitas “Marianas” no mundo”; Karen acusa Mariana de ser mentirosa, e diz que a cada dia surge uma história diferente, embora o modus operandi seja sempre igual.

Não somente para Dámaris, como também para Karen, a radicalização do feminismo acabou fazendo com que um grande número de denúncias inverídicas ganhassem força com a ajuda das redes sociais, gerando um “tribunal da internet”, que frequentemente tem condenado previamente destruindo reputações.

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