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Sem máscara, milhares de alunos se aglomeraram em formatura de Universidade em Wuhan

O local que já foi o epicentro do surto global recebeu mais de 11 mil estudantes em uma cerimônia de formatura de Universidade, sem máscaras e nem distanciamento.

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Foto: Reprodução/Google

Sem máscaras. Assim foi a formatura de milhares alunos que se aglomeraram em Wuhan numa grande cerimônia de formatura, após mais de um ano das notícias sobre o surto global do lugar que foi o epicentro da pandemia de Covid-19 no mundo. As informações são da reportagem da agência AFP no jornal The India Times, que relembra ainda, que as notícias sobre o surto começaram no fim de 2019 em Wuhan, que é a capital da província de Hubei, no centro da China. Cerca de 11 milhões de habitantes foram obrigados pelo governo a ficarem dentro de suas casas.

Segundo a reportagem, foram 76 dias de confinamento, embora as escolas tenham ficado fechadas por mais tempo.

Ainda de acordo com o India Times, alunos em batas azul-marinho e amofariz sentaram-se em fileiras apinhadas, sem nenhum distanciamento ou máscaras faciais, sob a placa que dizia: “Recebendo os formandos de 2020 em casa. Desejamos a todos um grande futuro”.

Quase 9.000 alunos, muitos dos quais não puderam comparecer a uma instrução de formatura no ano passado, se reuniram em Wuhan, sem máscara.

A matéria divulgada no portal G1 fala em mais de 11 mil estudantes.

A cidade realizou cerimônias de formatura limitadas em 2020, onde a Universidade de Wuhan realizou um evento online em junho com alunos e professores que estavam mascarados. Mais de 2.200 alunos na cerimônia do último domingo eram formados que não puderam comparecer à formatura no último ano por conta de fortes restrições impostas pelo governo.

Muita aglomeração sem qualquer uso de máscaras em formatura de Universidade em Wuhan.

Desde então, a China tem contido amplamente o surto enquanto mantém as precauções elevadas, incluindo controles rígidos de fronteira, quarentenas, “códigos de saúde” on-line obrigatórios e várias restrições às viagens domésticas. Houve 20 novos casos na terça-feira, incluindo 18 importados do exterior e dois em um surto local no sul da província de Guangdong. Houve 4.636 mortes oficialmente relatadas, a maioria em Wuhan. Citando um verso da antiga poesia chinesa, o banner oferecia aos alunos conselhos para o futuro: “O oceano não tem limites para peixes saltadores.”

Não é a primeira vez que a China vira notícia por ter, aparentemente, colocado um fim nas restrições de isolamento que impôs aos cidadãos. Em agosto de 2020, o governo chinês promoveu uma megafesta em Wuhan, o berço da pandemia.

Megafesta em Wuhan realizada em agosto de 2020.

De acordo com informações do jornal Estadão, milhares de chineses ignoraram a pandemia participando da festa onde foi possível ver intensa aglomeração ao ritmo de música eletrônica sem qualquer distanciamento social e nem mesmo o uso de máscaras.

Embora tenha pedido cautela aos jovens dizendo que eles “não são invencíveis”, a OMS não criticou a festa e disse que “Não devemos culpar as pessoas por quererem viver suas vidas, todos nós queremos viver nossas vidas, todos queremos voltar ao que era ‘normal’.”

Vale lembrar que apesar de bastante difundidas e acabarem se tornando modelo no mundo, as políticas de enfrentamento e combate a Covid-19, incluem o lockdown. Uma medida que foi duramente criticada pelo cientista Jay Bhattacharya, professor de medicina da Universidade de Stanford. Segundo Bhattacharya, “os futuros historiadores olharão para trás e dirão que este foi o maior erro de saúde pública, possivelmente de toda a história, em termos da extensão dos danos que causou”.

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