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Imposto sobre grandes fortunas na Argentina fracassa e governo arrecada menos que o esperado

Governo arrecadou menos de 60% do que esperava no início do ano.

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Foto: Reprodução/Google

O governo da Argentina arrecadou menos de 60% do que previa dos impostos sobre grandes fortunas no começo do ano. A Administración Federal de Ingresos Públicos (AFIP), órgão equivalente à Receita Federal no Brasil, iniciou o mês de dezembro tendo arrecadado pouco menos de 60% do que esperava com o imposto extraordinário para grandes fortunas.

Especialistas como Renata Barreto garantem que existem inúmeras razões que levam a medida a fracassar sempre. A economista afirma que todo imposto sobre grandes fortunas acabará sendo pago pela classe mais pobre, uma vez que os ricos podem muito bem mudar sua cidadania.

“Pessoas que são detentoras de grandes fortunas, definitivamente não ficarão esperando o governo taxá-las, simplesmente mudarão a cidadania (coisa que é muito fácil quando se tem dinheiro) para países com uma carga tributária menor, levando consigo também suas empresas e qualquer tipo de negócio.”, diz Renata.

O que a economista disse em 2016, na teoria, acabou se mostrando factível no último ano. Uma reportagem do jornal Valor Econômico repercutiu o fato de que argentinos ricos estavam se mudando para o Uruguai devido ao imposto sobre grandes fortunas que o governo implantou no país.

Renata alertou ainda, que a medida geraria efeitos desastrosos na economia: “Não é preciso ser um Einstein para perceber que isso terá uma consequência horrível para o país e a arrecadação poderá cair, efeito contrário ao desejado por quem propõe essa medida.”, completou.

E de fato a proposta na Argentina foi um verdadeiro desastre. De acordo com a reportagem do portal argentino Infobae, no último dia de novembro, a AFIP arrecadou o equivalente a US$ 237,3 bilhões dos quase US$ 400 bilhões estimados, e conforme o tempo passa, especialistas garantem que a arrecadação será ainda menor, uma vez que ricos estão cada vez mais realizando a fuga de capital.

A ideia que já se mostrou fracassada em diversas outras oportunidades, porém, continua a ser defendida por influenciadores digitais como Felipe Castanhari, que em setembro, publicou nas redes sociais um vídeo defendendo a medida socialista.

Entre outras polêmicas na ocasião, Castanhari comparou Silvio Santos à população mais pobre do Brasil, algo que acabou rendendo a ele uma verdade onda de críticas de internautas furiosos com seu comentário. No Facebook, o vídeo do influenciador, que no Twitter foi compartilhado por diversos políticos de esquerda, conta com mais de 21 mil compartilhamentos.

Em 2017, uma matéria da Curiozone explicou, de forma detalhada, porque taxar os mais ricos é uma ideia totalmente errada.

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