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Bono diz que percebeu que o capitalismo ajuda os pobres, não a redistribuição de recursos

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O cantor e músico vocalista da banda U2, reconheceu que a redistribuição de recursos não será capaz de ajudar os pobres da mesma forma que o comércio e o capitalismo empresarial os ajudarão. A declaração de Bono, conhecido por suas declarações humanitárias foi dada em entrevista ao jornal New York Times.

O músico falou sobre ter iniciado como ativista de esquerda, mas que acabou percebendo que o capitalismo é que ajuda as pessoas mais pobres.

“Acabei como ativista em um lugar muito diferente de onde comecei. Achei que se redistribuíssemos recursos, poderíamos resolver todos os problemas. Agora sei que isso não é verdade”, explicou Bono.

Ao jornal americano, que publicou a entrevista na última segunda (24), o músico irlandês afirmou ainda que houve um ponto determinado em sua trajetória como ativista em que teve que reconhecer o papel do capitalismo: “Há um momento engraçado quando você percebe isso como ativista: a saída da pobreza extrema é, ugh, o comércio, é o capitalismo empresarial”, acrescentou. “Passo muito tempo em países de toda a África, e eles dizem ‘não nos importaríamos com um pouco mais de globalização na verdade. Gostaria de salientar que houve muito progresso ao longo dos anos’.”

Bono, vocalista do U2.

Bono ressaltou também que os empresários são importantes, e os classificou como heróis uma vez que são capazes de trazer empregos para as comunidades mais pobres.

Apesar do reconhecimento, o cantor ainda destacou que o capitalismo é uma fera que precisa ser domada, mas que a globalização, mais do que qualquer outro ismo, foi capaz de tirar mais pessoas da pobreza.

“Se alguém vier até mim com uma ideia melhor, eu me inscrevo. Eu não cresci gostando da ideia de que nós transformamos heróis em heróis, mas se você [é empresário e] está trazendo empregos para uma comunidade e tratando bem as pessoas, então você é um herói”, afirmou.

Ao ser questionado a respeito de Che Guevara, o músico também disse que não gosta de ver as pessoas vestindo camisas com o rosto do revolucionário que ajudou Fidel Castro a tomar o controle de Cuba.

Em um vídeo que publicou sobre seu trabalho de caridade, Bono expressou simpatia semelhante aos negócios e ao comércio: “[Temos] uma atitude esnobe sobre negócios e grandes negócios, meio que demonizamos isso”, disse ele. “E na verdade, você sabe, você vai para o mundo em desenvolvimento e empregos são a coisa mais dignificante que você pode oferecer a alguém. Como as pessoas têm trabalho, elas podem resolver seus próprios problemas.”

Bono é conhecido por promover causas no mundo todo para erradicar a pobreza e lutar contra a Aids na África.

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