É uma nova era entre as big techs. Elon Musk foi quem assumiu a dianteira (embora não tenha sido ele o criador) com a adesão às Notas da Comunidade no X (antigo Twitter). Em seguida, veio o YouTube, da Google, dando o recado de que caso algum vídeo tenha mentiras ou meias verdades, pode deixar que a própria comunidade (e não as agências de checagem bem suspeitas) vai dar conta de acabar com a farra da desinformação. No clube dos defensores da liberdade de expressão, porém, só faltava mesmo um grupo cujo dono é uma das figuras mais controversas e polêmicas; não falta mais.
Mark Zuckerberg anunciou nesta terça (07) que as redes sociais da Meta (Facebook, Instagram e WhatsApp) abandonarão as agências de checagem de fatos, famosas por favorecerem narrativas progressistas em detrimento das vozes contrárias, e irão aderir, assim como YouTube e X, às Notas da Comunidade.
É de fato um dia triste para as agências checadoras. Em um vídeo publicado no Instagram, ele comentou: "Vamos nos livrar dos verificadores de fatos e substituí-los por Notas da Comunidade, semelhantes ao X, começando nos EUA", disse Zuckerberg.
Para quem não sabe como funciona, a Curiozone já mostrou um exemplo aqui.
Ele também confessou, novamente, que suas redes sociais censuravam vozes contrárias ao discurso predominante, quando se referiu às injustas remoções de contas de pessoas que considerou como inocentes: "Isso significa que identificaremos menos conteúdos problemáticos, mas também reduziremos a remoção acidental de postagens e contas de pessoas inocentes", completou.
De acordo com Zuckerberg, os mecanismos de verificação passarão por melhorias significativas, com o objetivo de aumentar sua precisão e eficácia na análise de conteúdos antes que qualquer decisão de remoção seja tomada.
Além disso, sem fornecer maiores detalhes, ele revelou que a equipe responsável por "confiança, segurança e moderação de conteúdo" será realocada para a Califórnia. Já a supervisão das postagens feitas nos Estados Unidos será consolidada em uma central no estado do Texas.
"Permitiremos que as pessoas se expressem mais, eliminando restrições sobre alguns assuntos que são parte de discussões na sociedade e focando a moderação de conteúdo em postagens ilegais e violações de alta severidade", disse Kaplan.
Entenda a mudança
- Como era: a Meta contava com parceiros de verificação de fatos ("fact checking", em inglês) para auxiliar na moderação de postagens, além de uma equipe interna dedicada a essa função.
- Como fica: em casos de conteúdos considerados pela Meta como de "menor gravidade", os próprios usuários poderão adicionar correções aos posts, como complemento ao conteúdo, de forma semelhante ao que é feito no X.
Checagem de fato, oficialmente, é coisa do passado e agora é só questão de tempo: "leis de fake news" serão relegadas ao lixo da história como eugenia, nazismo e outras práticas bárbaras e fascistas.