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Estes foram os desdobramentos do caso do segurança e as lésbicas no shopping de Niterói

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Foi no último feriado, segunda-feira (20), dia da consciência negra, que um segurança negro acabou virando o centro das atenções nas redes sociais por conta de um episódio ocorrido no Shopping Multicenter Itaipu, na Região Oceânica de Niterói. Em um vídeo que já começa com gritos, Rodrigo Sebastião Nascimento, de 35 anos, é agredido verbalmente por duas mulheres. Elas o acusam de homofobia por ter pedido para que não se beijassem na boca dentro do shopping.

Rodrigo interrompeu o beijo dizendo que o espaço comercial é “um ambiente familiar”. As mulheres ficaram por vários minutos gritando e o acusando, enquanto ele tentava controlar a situação.

O caso acabou virando tema para intensos debates na internet, principalmente pelo fato dos personagens do episódio, serem integrantes do que a Justiça no Brasil considera como minorias protegidas. Neste caso, duas pessoas LGBTQIAPN+, e um negro.

Nas redes sociais, internautas apontaram que Rodrigo pode acusá-las de injúria racial, apesar dele ter sido acusado de homofobia.

A situação fica ainda mais trágicômica, se observada do ponto de vista do Supremo Tribunal Federal (STF). Em agosto deste ano, a Suprema Corte equiparou ofensas contra pessoas LGBTQIAPN+ ao crime de injúria racial, o racismo.

Conforme aponta uma nota do site oficial do STF, o Plenário da corte reconheceu que atos ofensivos praticados contra pessoas da comunidade LGBTQIAPN+ podem ser enquadrados como injúria racial. A decisão foi tomada na sessão virtual concluída em 21/8, no julgamento de recurso (embargos de declaração) apresentado pela Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Intersexos (ABGLT) contra acórdão no Mandado de Injunção (MI) 4733.

Por meio de nota, o shopping disse que “repudia veementemente toda e qualquer forma de preconceito e preza pelo respeito entre clientes e colaboradores”. O funcionário foi afastado temporariamente até que direção do shopping, conclua a investigação do caso.

Contudo, mais do que isso, os desdobramentos do caso foram além. Até a última atualização desta reportagem, o segurança alcançou 90 mil seguidores em sua conta no Instagram. E por conta da enorme repercussão que o caso teve, foi necessário até mesmo um aviso de que aquela conta, é a única oficial utilizada por Rodrigo.

Segundo o segurança, inúmeras contas fakes acabaram sendo criadas para se aproveitar da situação, incluindo a criação de vaquinhas que ele garante: não foram feitas por ele.

Rodrigo, enquanto profissional, no momento, está sob a vigilância da empresa prestadora de serviços e só deve voltar ao posto do centro comercial, caso ele seja inocentado das acusações.

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