Games
Sony registra patente de modo ‘auto-play’ onde Inteligência Artificial joga os jogos
Uma nova patente com uma proposta inédita foi registrada pela Sony. A iniciativa considerada polêmica, tem potencial para mudar completamente o modo como usuários jogam seus jogos, ou para ser mais exato, não o jogam. O caso foi revelado na última segunda-feira (15) em uma reportagem do portal Gamerant, que informa que a ideia proposta no documento, é de que um sistema alimentado por Inteligência Artificial (IA), permitirá que usuários simplesmente pulem partes de uma gameplay.
De acordo com a patente, este sistema permitiria aos jogadores ignorar partes específicas de jogabilidade, utilizando um “Modo de Reprodução Automática”. Utilizando um modelo de IA treinado com informações de serviços baseados em nuvem, como a PlayStation Network (PSN), este modo automático poderia simular o estilo de jogo do jogador e até mesmo antecipar seções repetitivas, oferecendo a opção de pular esses momentos.
A ideia, segundo informado, é que jogos como RPGs sejam zerados em tempos menores, sem a necessidade de passar horas em seções de moagem ou enfrentando desafios que um player já dominou. Com esta nova tecnologia, os jogadores poderiam focar apenas nas partes do jogo que mais lhes interessam, o que supostamente tornaria a experiência de jogo mais personalizada e eficiente.
Enquanto a nova patente da Sony pode parecer uma inovação conveniente, ela também levanta preocupações significativas sobre a natureza da jogabilidade e o papel do jogador nos jogos. Permitir que um sistema de inteligência artificial jogue partes do jogo por você não é apenas uma quebra da imersão, mas também uma negação da própria essência dos jogos.
Os jogos são, em sua essência, interativos. Eles desafiam os jogadores a superar obstáculos, aprimorar suas habilidades e experimentar a narrativa de uma forma única. Ao introduzir um sistema que essencialmente transforma os jogadores em espectadores passivos de sua própria experiência de jogo, a Sony está minando o valor fundamental da interatividade.
Além disso, a implementação deste sistema levanta questões éticas sobre a relação entre os jogadores e os desenvolvedores de jogos. Ao criar uma opção para pular seções de jogabilidade, os desenvolvedores podem ser incentivados a projetar jogos com mais seções repetitivas, sabendo que os jogadores têm a opção de simplesmente ignorá-las.
Em última análise, enquanto a tecnologia pode oferecer conveniência, a essência do jogo em nome dela não deveria ser sacrificada. A jogabilidade é o coração e a alma dos jogos, e qualquer sistema que a suprima deve ser recebido com ceticismo e crítica.
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