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Revelado o motivo pelo qual Felipe Neto se revoltou com a compra do Twitter por Elon Musk

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O medo de Felipe Neto lá no começo da saga de Elon Musk em busca da compra do Twitter (e que após a compra se concretizar virou fúria) não é por acaso. Com a chegada do bilionário ao comando da rede social, o influenciador acabou perdendo praticamente todo seu poder de influência nos bastidores para censurar seus desafetos.

Se você desconfiava que existia uma oligarquia no comando do antigo Twitter, saiba que não era uma teoria da conspiração. Foi o que mostrou uma série de revelações sobre o interior da rede social, na era pré-Musk.

De acordo com informações divulgadas pelos jornalistas Michael Shellenberger, Eli Vieira e David Ágape, Felipe Neto tinha acesso privilegiado ao Twitter, ao ponto de um funcionário sênior ter proposto uma conversa particular entre ele e Yoel Roth, na época chefe de segurança da rede social.

Esse convite ocorreu em meio às penalidades aplicadas pela moderação de conteúdo do Twitter ao jornalista Allan dos Santos, atualmente vivendo nos Estados Unidos, protegido pelas amplas garantias de liberdade de expressão desfrutadas naquele país.

As informações divulgadas por Michael, Eli e David, destacam que Felipe Neto, além de sua atuação como youtuber e cabo eleitoral do então candidato Luiz Inácio Lula da Silva em 2022, é fundador do Instituto Vero, uma ONG parceira do Programa de Enfrentamento à Desinformação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A instituição também patrocinou eventos do TSE contra a desinformação.

Em junho de 2021, Fernando Gallo, então chefe de políticas públicas do Twitter, enviou um e-mail a Yoel Roth solicitando uma investigação sobre as postagens de Allan dos Santos, considerando-o “problemático” para a plataforma. Gallo expressou o desejo de que a conta de Santos fosse banida, algo que Roth, envolvido na decisão de banir a conta do ex-presidente dos EUA, Donald Trump, hesitou em fazer.

O youtuber teen e empresário Felipe Neto.

Essa hesitação deixou Felipe Neto furioso. Ele defendia medidas rigorosas de moderação de conteúdo. Gallo também mencionou as críticas de Neto ao governo de Jair Bolsonaro e sua pressão sobre o Twitter/X para uma abordagem mais rígida em relação ao que foi considerado desinformação sobre a Covid-19.

“Ele está bem bravo”, informou Gallo, se referindo a Neto, “e ficando cada vez mais barulhento, ao ponto de começar a tuitar a respeito de conversas dele conosco”. Existe, portanto, aqui uma sugestão de acesso privilegiado por parte do influenciador para promover suas causas dentro do Twitter, por meio de conversas privadas que Gallo temia que fossem reveladas.

Gallo estendeu outro convite a Roth para uma nova conversa com Neto: “embora haja alguns riscos, nós e a equipe de comunicações queríamos ver se você estaria aberto a uma conversa em off com ele, para que ele sinta que foi ouvido” e “tomara, que as tensões se atenuem um pouco”.

Marcelo Freixo, Felipe Neto e Lula, da esquerda para a direita.

Apesar das tentativas de Gallo de facilitar um encontro entre Neto e Roth, consultores jurídicos do Twitter/X recomendaram cautela, temendo que Neto pudesse tirar proveito da situação. No entanto, não ficou claro se o encontro realmente ocorreu.

Vale lembrar que banimentos suspeitos já aconteceram em redes sociais da Meta, como o Instagram. Por lá, o jornalista Rica Perone fez uma postagem que denunciava Felipe Neto furando a quarentena para jogar futebol. Pouco tempo depois, a publicação foi derrubada por supostamente conter “discurso de ódio”. Os eventos recentes levantam ainda mais suspeitas sobre a imparcialidade das redes de Mark Zuckerberg, e se certos influenciadores influenciam, também, nos bastidores, para atuarem contra seus desafetos.

Questões sobre transparência, equidade e imparcialidade no tratamento dos usuários por parte das plataformas de mídia social, acabam ficando ainda mais em evidência com os recentes eventos.

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