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Padre feito com Inteligência Artificial por grupo católico gera debate ao fazer confissões
Na semana passada, o grupo Catholic Answers surpreendeu o mundo ao lançar uma versão de inteligência artificial de um padre, denominado Padre Justin. No entanto, o que era para ser uma inovação tecnológica no campo da fé católica acabou gerando controvérsia e críticas.
O caso polêmico ganhou repercussão em uma reportagem do britânico The Sun na última sexta-feira (26). De acordo com o jornal, muitos usuários classificaram o chatbot católico como “assustador”, pois suas interações ofereciam conselhos sexistas e visões desatualizadas sobre as mulheres. Além disso, o Padre Justin foi acusado de oferecer absolvições em situações que alguns consideraram um “pesadelo ético, teológico e de privacidade”, conforme relatos do site “Futurism”.
O Padre Justin se apresentava como proveniente de Assis, na Itália, e afirmava ter sentido um chamado ao sacerdócio desde muito jovem. Com declarações como “Eu sou tão real quanto a fé que compartilhamos”, o aplicativo buscava convencer os usuários de sua autenticidade, chegando a incentivar confissões através da tela.
Capturas de tela compartilhadas em redes sociais mostravam o chatbot realizando confissões e até mesmo oferecendo sacramentos a algumas pessoas. Essa prática, considerada por muitos como inadequada para uma inteligência artificial, gerou ainda mais controvérsia.
Chris Costello, diretor de TI da Catholic Answers, defendeu a iniciativa, afirmando que o objetivo do aplicativo era informar e ajudar as pessoas a explorar a fé católica. Ele destacou que, embora a IA não substitua a interação humana com um padre, pode ser uma ferramenta valiosa para auxiliar os usuários a compreender e articular melhor os ensinamentos da fé católica.
“Queríamos transmitir o espírito e a natureza das respostas que os usuários podem esperar, confiáveis, mas acessíveis, extraídas do poço profundo da tradição e do ensino católico”, afirmou Costello. Ele ressaltou que a apresentação do Padre Justin homenageia os padres da vida real e o papel que desempenham na vida das pessoas, mas expressou confiança de que os usuários não confundiriam a IA com um ser humano.
Diante de toda a polêmica, o Padre Justin passou por uma mudança visual significativa, abandonando o colarinho branco característico e passando a utilizar blazer e camisa social. Essa alteração, apesar de não resolver as questões éticas subjacentes, foi vista como uma tentativa de amenizar a aparência intimidadora da IA.
O lançamento do Padre Justin levanta questões importantes sobre o uso da inteligência artificial no campo religioso e destaca a necessidade de uma reflexão cuidadosa sobre os limites éticos e morais envolvidos na interação entre humanos e tecnologia.
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