Será que a “regra do dedão” sobre explosões nucleares da série Fallout é verídica?

Se você é fã da série ‘Fallout’, agora também disponível no Amazon Prime Video, já deve ter ouvido falar da famosa “Regra do Dedão”, mencionada pelo personagem interpretado por Walton Goggins. Mas será que essa regra tem algum fundamento na realidade? Vamos investigar.

Então, segundo a “Regra do Dedão”, se você estiver encarando uma explosão nuclear, é só erguer o braço e mostrar o dedão para a nuvem em formato de cogumelo. Se a nuvem for menor que o dedo, relaxa, você tá seguro. Mas se ela for maior, melhor sair correndo, porque aí já era, meu chapa! Pelo menos é o que o Cooper Howard da série diz, né?

Contudo, em meio a essa controvérsia, alguns pesquisadores da Universidade de Leicester, no Reino Unido, decidiram investigar essa regra em 2018, após ela viralizar entre os fãs do jogo que inspirou a série. Eles calcularam a validade da regra em relação a uma explosão nuclear de 15 quilotons, semelhante à bomba lançada em Hiroshima em 1945.

O estudo revelou que, para estar seguro da radiação, é necessário estar a uma distância mínima de 12,6 km da nuvem de cogumelo. Se a bomba for detonada no solo, essa distância diminui para 4,67 km para evitar queimaduras e 1,56 km para reduzir os riscos de doenças causadas pela radiação.

No entanto, conforme repercutiu uma reportagem do site Inverse, os pesquisadores alertam sobre o vento, que pode espalhar a radiação por uma área muito maior. Uma ventania com velocidade média de 24 km/h levaria a nuvem radioativa da bomba de 15 quilotons à área de segurança em apenas 30 minutos na direção contrária ao vento.

Nuvem de cogumelo.

Portanto, embora a “Regra do Dedão” possa ser útil em explosões pequenas, ela nem sempre é infalível. Em caso de um ataque nuclear, buscar abrigo é a melhor solução para evitar os perigos da radiação. Segundo a Administração Nacional de Segurança Nuclear do Departamento de Energia dos Estados Unidos, uma boa estratégia de sobrevivência inclui procurar abrigo imediato após a detonação e buscar estruturas melhores e mais afastadas em seguida.

Fica a dica: ao enfrentar uma explosão nuclear, é melhor confiar na ciência e no bom senso do que apenas no tamanho da nuvem em relação ao seu dedão.