Presidente da Fifa defende derrota automática em casos de racismo: “Totalmente abominável”

No dia em que o goleiro Maignan enfrentou um lamentável episódio de racismo durante o jogo entre Milan e Udinese, resultando na interrupção temporária da partida, o presidente da Fifa, Gianni Infantino, emitiu um comunicado oficial expressando seu total apoio ao jogador.

Infantino destacou outro incidente ocorrido no sábado, em Sheffield, na Inglaterra, e defendeu medidas mais rigorosas para punir atos racistas.

“Os eventos ocorridos em Udine e Sheffield no último sábado são repugnantes e completamente inaceitáveis. Não há espaço para o racismo ou qualquer forma de discriminação, tanto no futebol quanto na sociedade”, declarou Infantino.

O presidente da Fifa apontou a necessidade de ações imediatas, indo além do processo de três etapas (interrupção da partida, nova interrupção e abandono).

De acordo com informações da ESPN, ele propôs a introdução da derrota automática para equipes cujos torcedores cometem atos racistas resultando no abandono do jogo, juntamente com sanções como proibições globais de estádios e acusações criminais para os responsáveis por tais comportamentos.

Presidente da Fifa defende derrota automática em casos de racismo: “Totalmente abominável”.

O confronto válido pelo Campeonato Italiano, que culminou com a vitória do Milan por 3 a 2, ficou paralisado por aproximadamente cinco minutos após Maignan relatar as ofensas racistas ao árbitro. Os jogadores chegaram a deixar o campo temporariamente, mas retornaram pouco depois.

Infantino concluiu o comunicado enfatizando a importância da educação, inclusive nas escolas, para combater o racismo e a discriminação. Ele ressaltou que é fundamental que as gerações futuras compreendam que tais comportamentos não têm lugar no futebol nem na sociedade em geral.

A Fifa e o mundo do futebol expressam total solidariedade às vítimas do racismo e de qualquer forma de discriminação, reforçando o compromisso com a luta contra tais práticas: “De uma vez por todas: não ao racismo! Não a qualquer forma de discriminação!”