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Ponte construída por iniciativa da população resiste às enchentes no Rio Grande do Sul
No cenário desafiador das recentes enchentes que assolaram o estado do Rio Grande do Sul, uma estrutura se destaca como símbolo de resistência e independência: a nova ponte que conecta Nova Roma do Sul ao município de Farroupilha.
Inaugurada em 20 de janeiro deste ano, a ponte, batizada carinhosamente de Nossa Senhora de Caravaggio, é mais do que uma simples travessia sobre o Rio das Antas. Ela é fruto do esforço coletivo e da determinação inabalável da comunidade de Nova Roma do Sul.
Imagens aéreas divulgadas pela Prefeitura de Nova Roma do Sul revelaram o avanço das águas sobre a região, colocando em alerta as autoridades locais. O volume registrado de 8 mil metros cúbicos por segundo, embora abaixo da capacidade máxima da ponte, evidenciou a necessidade de vigilância diante dos potenciais riscos.
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A construção da nova ponte foi uma resposta à destruição da estrutura anterior, ocorrida em setembro do ano passado, durante as enchentes. Diante da promessa de reconstrução pelo governo estadual até 2025, a comunidade local decidiu agir por conta própria, desafiando prazos e burocracias.
Com um orçamento estimado em R$ 6 milhões, a população mobilizou-se para arrecadar os recursos necessários. Em um impressionante exemplo de união e solidariedade, a nova ponte foi inaugurada em apenas 138 dias, com um custo final abaixo do previsto.
Além de restabelecer a conexão vital entre as cidades, o projeto da ponte Nossa Senhora de Caravaggio permitiu reinvestir os recursos excedentes em melhorias para a comunidade, demonstrando o poder transformador da cooperação e da determinação.
A ponte de Nova Roma do Sul ressalta a ineficiência do Estado em lidar com os desafios enfrentados pela população. Diante da demora e das promessas não cumpridas pelo governo estadual em reconstruir a ponte destruída pelas enchentes, a comunidade local assumiu as rédeas de sua própria situação, demonstrando que a solução para os problemas muitas vezes reside na iniciativa e na cooperação voluntária das pessoas, e não na intervenção estatal.
O rápido sucesso da construção da nova ponte, financiada e erguida pela própria comunidade, destaca a capacidade das pessoas de se autogerirem e resolverem seus próprios problemas de forma eficiente e solidária, sem depender excessivamente da burocracia estatal.
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