Em Davos, ministro Fernando Haddad diz ver condições para Brasil retomar crescimento

Apesar do cenário global indicar recessão em 2023, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad afirmou, nesta segunda (16), que vê condições para que o Brasil venha retomar o crescimento. Para ele, é necesário que haja uma sensibilização dos Três Poderes, e que o Brasil tome “as providências que precisa”. Com isso, segundo o ministro “o Brasil não tem como não decolar”.

Haddad crê que tanto o arcabouço fiscal como a reforma tributária serão aprovados no primeiro trimestre.

O ministro afirma que esses são pontos necessários para que o Brasil não sofra os danos da crise econômica global já prevista por especialistas, embora admita que o país não ficará imune aos impactos dela.

“Tem coisas que a Fazenda não controla. Tem um cenário de inflação global, juros altos nos EUA, abertura ou não da China, petróleo”, ponderou Haddad.

O ministro ainda sinalizou para a indústria que pretende não sobrecarregá-la, uma vez que a decisão de não reonear o IPI é o forte compromisso do governo com a reforma tributária: “[A reforma] é essencial para buscar justiça tributária e para reindustrializar o país porque a indústria paga hoje quase um terço dos tributos no Brasil e responde por 10% da produção. Há um desequilíbrio muito grande. O caminho é esse”, declarou.

Na manhã desta segunda (16), o ex-presidente Jair Bolsonaro destacou pontos e a herança bendita deixada na economia. Segundo Bolsonaro, foram deixados R$ 82 bilhões em investimentos contratados para 2023. Além do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) contribuindo para o PIB em 2023.