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Black Friday fracassa em 2023 se tornando a segunda pior da história no Brasil

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Dados atualizados sobre o desempenho da Black Friday 2023, a data mais aguardada pelo varejo online nacional, revelaram um cenário nada animador para o setor. As informações são do jornal Valor Exconômico, que aponta que os dados contrariam as projeções otimistas de associações e empresas de pesquisa, que não esperavam que as vendas fossem registrar um desempenho abaixo do esperado, com uma variação de 4% a 17%, não alcançada.

No período que compreendeu da quinta-feira (23), às 00h, até a sexta-feira (24), às 23h59, o comércio eletrônico totalizou aproximadamente R$ 3,4 bilhões em vendas. Contudo, esse valor representa um recuo significativo de 15,1% em comparação com o ano anterior, 2022, no qual a receita já havia experimentado uma queda de dois dígitos.

Os dados foram extraídos da plataforma Hora a Hora, desenvolvida pela Confi.Neotrust, empresa especializada em inteligência de dados, em parceria com a ClearSale. Embora não seja a maior retração de faturamento do evento, que ocorre há 13 anos no Brasil, a queda de 2023 se destaca por aprofundar uma tendência já observada, reduzindo ainda mais o montante total de vendas no segmento. Este é o segundo pior resultado desde o início do evento promocional em 2010.

Vale ressaltar que esses números não contemplam as vendas em lojas físicas, que também foram incluídas nas estratégias das empresas nos últimos anos. Mesmo assim, quem foi ao shopping nesse período garante que a movimentação estava bem menor. Enquanto alguns varejistas apontavam um aumento nas conversões de consumidores em vendas durante a Black Friday, especialmente em lojas de eletrônicos e moda, os indicadores revelam um panorama desafiador.

As promoções, já nos últimos anos, têm se limitado a um menor número de produtos durante a Black Friday, uma medida adotada pelo varejo para proteger a rentabilidade e reduzir os custos de capital, especialmente após o aumento da taxa Selic, que encareceu os estoques parados.

A receita foi impactada por uma diminuição no volume de pedidos, que atingiu 5,1 milhões, representando uma queda de 14,9% em relação ao mesmo período do ano anterior. Além disso, o tíquete médio gasto, que apresentava uma reação até a quinta-feira, perdeu força, atingindo R$ 675,36 por compra, uma estabilidade de 0,1% em comparação a 2022.

Golpistas também foram afetados

A coisa anda tão feia, que até mesmo os golpistas acabaram tendo “prejuízo”.  Nesse caso, bem feito para eles, né? Isso porque os indicadores também influenciaram diretamente na diminuição das tentativas de fraudes por parte de golpistas na internet. No período, houve 18,6 mil tentativas de ações fraudulentas, representando um valor aproximado de R$ 26,6 milhões, o que representa uma redução significativa de 56,4% em comparação ao ano anterior. O ticket médio das tentativas foi de R$ 1.439,47.

Entre quinta e sexta-feira, as categorias mais impactadas pelas ações dos golpistas foram Ferramentas (2,7%), Passagens aéreas (2,5%) e Brinquedos (2%). Em contrapartida, os produtos mais vendidos no período foram Eletrodomésticos (20,8% do total comercializado), Eletrônicos (15,1%) e Telefonia (11,9%).

Quanto aos meios de pagamento mais utilizados no e-commerce, destacam-se o Cartão de crédito (56,5%), Pagamentos via PIX (30,3%), Boleto bancário (8,2%) e E-wallet, cashback, débito e vales (5%). O desafio para o setor agora reside na análise desses dados para compreender as razões por trás do desempenho aquém das expectativas, enquanto o varejo busca estratégias para impulsionar as vendas em um cenário economicamente desafiador.

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