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Victoria’s Secret abandona progressismo e reinveste na sensualidade após queda nas vendas

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A icônica marca de lingerie, Victoria’s Secret, ganhou as manchetes do noticiário de economia e negócios novamente, porém desta vez não é apenas sobre rendas e babados. Ao que tudo indica, a recente tentativa da marca de abraçar uma imagem supostamente mais consciente e feminista acabou não se traduzindo exatamente em um conto de sucesso.

Antes conhecida por sua imagem “hipersexualizada”, a Victoria’s Secret decidiu se reinventar, afastando-se de suas famosas supermodelos “Angels” e abraçando a inclusividade. Eles até trouxeram a defensora LGBTQ e estrela do futebol Megan Rapinoe a bordo. Se a princípio isso parecia ser uma boa ideia, no final das contas não foi bem assim.

Apesar da militância online apoiar fazendo comentários elogiando a iniciativa, uma reportagem do canal FOX Business mostra que longe dos discursos, o resultado na prática foi outro: abraçar o progressismo não foi uma ideia lucrativa. Isso porque a receita da marca, segundo conta a reportagem, experimentou uma queda significativa, atingindo US$ 6,2 bilhões em 2023, número que representa cerca de 5% a menos que no ano passado.

A reportagem destaca que a queda nas vendas da Victoria’s Secret aconteceu em meio à decisão da empresa de tornar o seu conselho de administração majoritariamente feminino.

Em 2021, Rapinoe destacou o que a marca era antes da reformulação, alegando que ela havia enviado uma mensagem “realmente prejudicial” que era “patriarcal, sexista, vendendo não apenas o que significava ser sexy, mas roupas através de uma lente masculina para atender aquilo que os homens desejavam.”

Parece que a mudança para uma vibe mais inclusiva não fez o caixa tilintar.

Pivô da Victoria’s Secret para anúncios e iniciativas “inclusivas” e “positivas para o corpo” não conseguiu conquistar mais clientes.

E como a marca Victoria’s Secret não é daquelas que se deixa passar despercebida e seu interesse é lucrar, ela agora decidiu abandonar essa abordagem, voltando à passarela com “The Tour ’23”, um desfile que acaba misturando a sensualidade pela qual são famosos com iniciativas inclusivas.

De fato, a marca pelo menos diz manter a inclusão, já que segundo Greg Unis, presidente da marca, “sensualidade pode ser inclusiva”, e eles estão totalmente comprometidos em celebrar as diversas experiências de seus clientes. A verdade, no entanto, é que o discurso progressista foi abandonado.

O CEO Martin Waters admite que as vendas na América do Norte não estão onde esperavam. Apesar de algumas iniciativas, como o Icon Bra e o Featherweight Max, ainda há trabalho a ser feito. Para o futuro, a empresa visa melhorar a lucratividade e ultrapassar os US$ 7 bilhões em vendas anuais. Só que desta vez, sem nada de progressismo no marketing.

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