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Rio Guaíba começa a registrar queda contínua nos níveis de inundação; saiba mais

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Após semanas de angústia e perdas devastadoras, um sinal de esperança emerge nas margens do Rio Guaíba, no Rio Grande do Sul. Os níveis de inundação começaram a apresentar uma queda gradual, trazendo um alívio momentâneo para uma região assolada por uma das piores catástrofes naturais em décadas.

De acordo com informações da CNN, o Guaíba registrou na manhã desta quarta-feira (08), um nível de 5,12 metros, marcando uma redução significativa de 15 centímetros em comparação com o dia anterior, quando atingiu uma preocupante marca de 5,27 metros. Essa diminuição, embora pequena, é vista como um primeiro passo positivo em direção à recuperação.

Entretanto, as cicatrizes deixadas pela fúria das águas ainda são profundas. A máxima histórica do lago foi alcançada no início do mês, impulsionada por chuvas intensas que transformaram paisagens familiares em cenários de desolação. O Serviço Geológico do Brasil (SGB) adverte que, apesar da queda recente, o nível do rio permanecerá acima da cota de inundação, estabelecida em 3 metros, pelo menos até a próxima semana.

A capital, Porto Alegre, situada às margens do Guaíba, foi fortemente impactada pela inundação, mas não está sozinha em seu sofrimento. Municípios vizinhos também enfrentam as consequências devastadoras das enchentes. O governo do Rio Grande do Sul relata um quadro alarmante: o número de mortes decorrentes das chuvas já chega a 95, com 128 pessoas ainda desaparecidas.

Os dados da Defesa Civil pintam um retrato sombrio da situação: 414 municípios foram atingidos pelas chuvas, afetando mais de 1,4 milhão de pessoas. Enquanto equipes de resgate trabalham incansavelmente na busca pelos desaparecidos, a população enfrenta os desafios impostos pelas enchentes que transformaram a paisagem cotidiana em um campo de tragédia.

Desde o início das chuvas, o Rio Guaíba testemunhou um aumento de mais de 3 metros em seu nível, culminando em 5,33 metros no último sábado, 4 de maio. Essa marca não apenas superou o recorde anterior, estabelecido em 1941, mas também marcou a maior cheia em mais de oito décadas, atingindo um ponto crítico na história da região.

Em resposta à magnitude da crise, o governador Eduardo Leite (PSDB) decretou estado de calamidade pública na quarta-feira, 1º de maio, com validade de 180 dias. As chuvas e as enchentes foram classificadas como desastres de nível 3, desencadeando uma mobilização sem precedentes em todo o estado. O alerta para inundações foi amplamente divulgado, evidenciando a urgência da situação.

Enchentes no RS, em 2024.

Leite expressou profunda preocupação com o aumento do número de vítimas, destacando não apenas os desaparecidos, mas também as comunidades isoladas e incomunicáveis, cujas necessidades tornam-se ainda mais urgentes a cada hora que passa.

Enquanto a região luta para se recuperar, os olhos do país permanecem voltados para o Rio Grande do Sul, testemunhando tanto a resiliência humana diante da adversidade quanto a solidariedade que emerge em momentos de crise. Em meio à dor e à destruição, há a esperança de um amanhã mais seguro e reconstruído.

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