Sem a boina de Chaves em sua cabeça, Bolaños era um homem extremamente conservador e apoiava financeira e profissionalmente diversos políticos mexicanos considerados de direita. A militância conservadora, aliás, era uma das grandes paixões do gênio.
Em 2007, Bolaños se uniu a grupos ligados à Igreja Católica para se posicionar contra a aprovação de uma lei que aprovaria o aborto no México durante as doze primeiras semanas de gestação. Ser pró-vida, aliás, era algo que se confundia com sua própria história de vida — literalmente falando. Se você não sabe, Roberto poderia não ter existido se sua mãe seguisse o conselho dos médicos e o abortasse quando sofreu um acidente que a tinha deixado a beira da morte.
Em uma campanha chamada abortemos a lei e não a vida, o próprio ator contou direitinho essa história.
“Olá, sou seu amigo Chespirito. Quando eu estava no ventre da minha mãe, ela sofreu um acidente e ficou à beira da morte. O médico disse: ‘você terá que abortar’. E ela respondeu: ‘abortar, jamais’. Ou seja, defendeu a minha vida, e graças a isso estou aqui”, disse o ator na mensagem.
No fim, a lei foi rejeitada e o nosso amigo investiu dinheiro do próprio bolso para exibir anúncios e propagandas na TV comemorando o fato.