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Starbucks é condenada a indenizar funcionária demitida por ser branca em US$ 25 milhões
Uma decisão foi tomada na segunda-feira (12) por um júri nos Estados Unidos a favor de Shannon Phillips, ex-diretora regional da Starbucks, que processou a empresa alegando ter sido demitida injustamente por ser branca.
Phillips, que trabalhou na Starbucks por aproximadamente 13 anos e gerenciou várias lojas na região, foi dispensada após a prisão de dois homens negros em uma filial da Starbucks na Filadélfia em abril de 2018.
O caso foi noticiado em uma reportagem do New York Times publicada nesta quinta-feira (15). Segundo o jornal americano, a Console Mattiacci Law, que representa Phillips, relatou que o júri em Nova Jersey concedeu um veredicto de US$ 25,6 milhões, incluindo US$ 25 milhões em danos punitivos e US$ 600.000 em danos compensatórios. Os advogados afirmaram que o júri decidiu de forma unânime após um julgamento de seis dias e acrescentaram que Phillips também buscará pagamento retroativo e adiantado.
A porta-voz Jaci Anderson informou à CNN que a Starbucks está desapontada com a decisão e está avaliando suas próximas ações.
Esse veredicto é o mais recente desenvolvimento de um incidente que provocou protestos e indignação. Em 2018, os dois homens foram convidados a deixar a cafeteria depois de se sentarem em uma mesa sem fazer um pedido. Os homens se recusaram a sair, alegando que esperavam por um parceiro de negócios, e foram escoltados para fora da loja algemados depois que um gerente chamou a polícia.
No processo aberto em 2019, Phillips alegou que a empresa a discriminou devido à sua cor quando foi demitida.
Segundo a denúncia de 2019, após a prisão, a Starbucks “tomou medidas para punir os funcionários brancos que não estavam envolvidos nas prisões, mas que trabalhavam na cidade de Filadélfia e arredores, numa tentativa de convencer a comunidade de que havia respondido adequadamente ao incidente”.
Phillips, que na época supervisionava áreas como Filadélfia, afirmou que a Starbucks ordenou que ela colocasse um funcionário branco em licença administrativa como parte desses esforços, devido a uma suposta conduta discriminatória que Phillips afirmou ser imprecisa. Ela foi dispensada depois de tentar defender o funcionário, de acordo com sua declaração.
A denúncia afirmava que o motivo da rescisão foi que “a situação não era recuperável”. A queixa argumentava que isso era “um pretexto para discriminação racial”, acrescentando que a “raça de Phillips era um fator motivador e/ou determinante no tratamento discriminatório da Starbucks”.
A Starbucks, que negou as acusações na época, afirmou em um processo judicial de 2021 que, após o incidente, “líderes sêniores e membros da área de recursos humanos observaram que a Sra. Phillips mostrou uma falta completa de liderança durante essa crise”.
A empresa argumentou que Phillips “parecia sobrecarregada e não tinha consciência da gravidade da situação”. Segundo o documento, o gerente de Phillips decidiu demiti-la “porque uma liderança forte era essencial naquele momento”.
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