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Ministra Marina Silva afirma que o termo ‘caixa-preta’ é pejorativo contra negros

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A titular do Ministério do Meio Ambiente, Marina Silva, abordou nesta segunda-feira (27), a utilização do termo “caixa-preta” durante as investigações da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das ONGs.

A ministra expressou sua objeção ao termo, considerando-o “pejorativo” quando utilizado em referência a pessoas negras. Durante a repreensão ao presidente da CPI, Plínio Valério (PSDB-AM), Marina destacou que a associação de coisas negativas à cor preta é inadequada.

Ao alertar Valério, Marina enfatizou: “Caixa-preta, não, senador. Isso é uma forma pejorativa de se dirigir às pessoas pretas. Preta sou eu, que estou aqui do seu lado.” Valério, por sua vez, ironizou a observação ao ser informado por João Paulo Capobianco, secretário-executivo do Ministério do Meio Ambiente, de que “caixa-preta” agora é chamado de “caixa-laranja”. Em tom de brincadeira, Valério comentou: “Então, pode se esculachar os laranjas.”

Diferente do que afirma a ministra, o termo “caixa-preta” tem origem na aviação e refere-se à caixa que armazena os dados do voo de uma aeronave. Essa caixa, na verdade, é de cor laranja para facilitar sua localização em caso de acidente. No entanto, o termo “caixa-preta” foi consagrado pelo uso e é amplamente utilizado para descrever o dispositivo que registra informações cruciais sobre o funcionamento de uma aeronave.

Além do contexto aeronáutico, o termo “caixa-preta” também é utilizado metaforicamente em outras áreas para se referir a um dispositivo, sistema ou processo que é complexo, opaco ou de difícil compreensão. Por exemplo, pode ser aplicado a sistemas financeiros, algoritmos complexos, processos governamentais, entre outros, nos quais os detalhes internos não são facilmente compreendidos pelo público em geral.

Durante uma audiência da CPI, o diretor-executivo do Ipam, André Guimarães, revelou que Marina é conselheira honorária de uma ONG que recebeu R$ 35 milhões do Fundo em 2022, destinando 80% desse montante para custos com folha de pagamento, viagens e consultorias. Marina confirmou seu papel como conselheira, mas assegurou que os gastos da ONG estão em conformidade com um relatório do Tribunal de Contas da União.

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