Jornalista lança dúvidas sobre se invasão na conta de Janja foi false flag ou ato isolado

Na noite de segunda-feira (11), as redes sociais ficaram em polvorosa com o hackeamento da conta no X (ex-Twitter) da primeira-dama Rosângela Lula da Silva, a conhecida Janja. O incidente, longe de ser apenas mais uma invasão digital, revelou uma trama complexa que envolve política, cibersegurança e até mesmo grupos autodenominados como “hackers éticos”.

A invasão resultou na publicação de mensagens ofensivas e xingamentos direcionados ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), além de mensagens irônicas em apoio à candidatura do ministro do STF Alexandre de Moraes à presidência em 2026. A Polícia Federal (PF) já está no encalço dos responsáveis, com um inquérito aberto na Diretoria de Repressão a Crimes Cibernéticos (DCiber) em Brasília.

A peculiaridade desse episódio não para por aí. O perfil hackeado de Janja direcionou seus seguidores para a conta @Binuxy, supostamente um dos responsáveis pelo ataque. Esse indivíduo, autointitulado “Anti-comuna” e adepto de símbolos como o Sigma (Σ) integralista, levanta questões sobre sua verdadeira identidade e motivações.

Para entender a verdade por trás desse ataque e seus possíveis desdobramentos, o jornalista David Ágape realizou uma apuração onde reuniu os principais detalhes do acontecimento no site A Investigação. Conforme aponta David, o perfil @AnonFSA, que se apresenta como um grupo hacker ético, também entra na trama, marcando Binuxy em um tuíte com um link intrigante para o site “anonfsa.org”. Neste site, um dossiê detalhado sobre Janja foi divulgado, incluindo informações pessoais sensíveis e até mesmo detalhes íntimos de suas compras.

A reportagem de David pode ser acessada clicando aqui. De acordo com o profissional, o grupo AnonFSA se autodenomina um “ethical hacking group”, mas a história toma contornos inesperados com revelações surpreendentes, como a exposição de dados pessoais de figuras conhecidas da direita brasileira, incluindo Jair Bolsonaro e seus filhos, Michelle Bolsonaro, o pastor Silas Malafaia, entre outros.