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Militantes brasileiros dizem à cubana refugiada que regime cubano é bom: “Desinformada”

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Uma cubana refugiada, recém-chegada ao Brasil, expressou, por meio de um vídeo no Instagram, seu encantamento com a variedade da competição de mercado no país. Ela não esperava, contudo, que seu vídeo iria viralizar tomando proporções maiores a ponto de atrair militantes de esquerda brasileiros.

No vídeo publicado na última quarta-feira (13), Elena Ayala viu sua narrativa ser questionada por críticos comunistas brasileiros que, diferente da jovem, jamais estiveram em Cuba. A situação revelou tensões ideológicas e coloca em foco a interpretação divergente da realidade entre quem viveu o comunismo em Cuba e quem defende a ideologia no Brasil.

A imigrante cubana, que fugiu de um regime ditatorial em seu país de origem, compartilhou sua experiência em um vídeo nas redes sociais, destacando as diferenças marcantes entre a vida econômica no Brasil e em Cuba. No entanto, a recepção de suas palavras foi longe de ser unânime.

“Você é desinformada, Cuba tem tanta falta de bens materiais por culpa do embargo americano”, disse um usuário. “Cubana bolsominion, era só o que faltava”, comentou outro.

Analisando a situação, o sociólogo Filipe Altamir aponta para o cancelamento sofrido pela refugiada, atribuindo-o a críticos comunistas brasileiros, a quem ele descreve como “burgueses de apartamento”. Ele destacou a ironia de membros da esquerda brasileira, que vivem em uma sociedade capitalista, cancelarem alguém que fugiu de um regime comunista.

A crítica não se restringe apenas ao cancelamento, mas se estende à comparação feita pela cubana entre o capitalismo brasileiro e as sociedades mais desenvolvidas da Europa, Estados Unidos e Oceania. O sociólogo caracteriza o capitalismo brasileiro como “mequetrefe” em relação a essas sociedades, provocando uma reflexão sobre as complexidades do sistema econômico do país.

“Você escolhe acreditar no comunistazinho de apartamento que vive aqui no Brasil, aproveitando do capitalismo, ou você acredita numa Cubana que sentiu na pele o regime e que é refugiada e que tá achando que o Brasil é uma maravilha. Se o Brasil é uma maravilha comparada à Cuba, imagina, então, qual é a situação cubana?”, declarou Filipe.

O cerne da questão, conforme apontado pelo sociólogo, é a escolha que as pessoas têm que fazer entre acreditar na experiência vivida pela cubana, que sentiu na pele as consequências do comunismo em Cuba, e as críticas de comunistas brasileiros que, segundo ele, vivem no “Mundo Encantado” de seus apartamentos, desfrutando das benesses do capitalismo.

Cubanos ainda se refugiam em outros países

A repressão na ditadura cubana é uma realidade ainda existente nos dias atuais. Após os Jogos Pan-americanos em Santiago, Chile, oito atletas cubanos, incluindo seis jogadoras de hóquei, desertaram e solicitaram refúgio, evitando a ilegalidade devido ao vencimento dos vistos. A delegação cubana conquistou 69 medalhas durante os jogos. O ocorrido constrange os comunistas chilenos, defensores do regime cubano.

Em outro caso, um piloto cubano de 29 anos fugiu para a Flórida em um biplano monomotor, alegando escapar do regime cubano. Autoridades americanas e cubanas investigam o incidente, enquanto o futuro dos atletas no Chile permanece incerto, refletindo descontentamento com o comunismo.

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