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Vítimas reagem e matam chefe do PCC a pauladas durante roubo a residência no Guarujá
Kaíque Martins Coelho, conhecido como Nego Zulu, de 30 anos, uma figura temida por sua crueldade como chefe do Primeiro Comando da Capital (PCC) no Guarujá, Baixada Santista, teve seu destino selado em uma tentativa de assalto no último sábado (29).
De acordo com informações do portal UOL, a fama do criminoso na região era marcada por atos violentos contra turistas durante assaltos, compartilhando imagens ostensivas com armamento.
No Balneário Praia Pernambuco, Nego Zulu e um comparsa invadiram uma residência na madrugada. Após saquearem dinheiro, celulares e eletrônicos, decidiram levar uma vítima como refém para efetuar transferência via Pix. Contudo, a reação dos turistas foi surpreendente. Em legítima defesa, enfrentaram os assaltantes, resultando em confronto armado.
Armado com um revólver calibre 38, Nego Zulu disparou três vezes, acertando a perna de um homem de 36 anos. Mesmo baleado, esse homem e outros dois colegas resistiram e enfrentaram Zulu. A violência foi extrema: o criminoso levou várias pauladas até à beira da piscina, onde, ao bater a cabeça no registro de água, veio a falecer deixando o capiroto feliz com um presente de fim de ano.
A casa invadida abrigava três homens, duas mulheres e quatro crianças. Uma das mulheres, assustada, saiu com um carro e avistou uma viatura da Guarda Municipal, acionando também a Polícia Militar. Ao chegarem, encontraram Nego Zulu sem vida, enquanto seu comparsa fugiu, já identificado e procurado.
O delegado Wagner Camargo registrou o caso como roubo, extorsão e tentativa de homicídio. Apesar do histórico violento de Nego Zulu, a Polícia Civil e o Ministério Público do Estado de São Paulo consideraram a ação das vítimas como legítima defesa. O comparsa permanece foragido.
O passado criminoso de Nego Zulu inclui acusações de homicídio em 2014, quando foi acusado de matar o investigador da Polícia Civil Marcello Lepiscopo, 38. Mesmo preso na ocasião, acabou solto. O delegado Camargo destaca que, apesar de ser um dos líderes do PCC na região, Zulu tinha preferência por crimes patrimoniais, onde podia exercer violência contra as vítimas. Virou camisa de saudade.
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