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Hungria determina que grávidas ouçam coração do feto caso decidam se submeter ao aborto

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Caso decidam se submeter a um procedimento de aborto, as mulheres grávidas na Hungria terão de escutar as batidas do coração do feto. A decisão foi decretada na última segunda (12) pelo governo Viktor Orbán e entrará em vigor a partir de quinta (15).

De acordo com informações do jornal britânico The Guardian, a legislação aprovada recentemente, foi proposta pelo partido de My Hazank, aliado do governo do primeiro-ministro Orbán, e assinada pelo ministro do Interior do país.

“Quase dois terços dos húngaros associam o início da vida de uma criança ao primeiro batimento cardíaco”, anunciou a pasta.

A deputada filiada ao My Hazank, Dora Duro, celebrou a promulgação da lei afirmando que por pelo menos alguns segundos, a mãe poderá ouvir o feto, antes que o aborto seja realizado.

O aborto foi legalizado na Hungria ainda na década de 1950. Hoje, o procedimento é permitido até a 12ª semana por motivos médicos ou sociais. Em casos considerados como anomalia fetal, o aborto pode ser realizado a qualquer momento.

Premiê da Hungria, Viktor Orbán.

Em todos os casos, a mulher que deseja se submeter ao aborto no país, precisa buscar uma autorização de um ginecologista, além de visitar instalações públicas onde recebem aconselhamento sobre procedimentos de adoção.

A Anistia Internacional descreveu a medida como um “revés preocupante”. Segundo a organização, a decisão foi tomada sem qualquer consulta pública e tornará mais difícil o acesso ao procedimento, além de “traumatizar ainda mais as mulheres que já se encontram em situações difíceis”.

O aborto tem sido cada vez mais questionado por lideranças conservadoras, pelo fato de existirem casos onde há morte de mulheres, mesmo onde a prática é legalizada. De acordo com informações do jornal argentino Clarín, a Justiça da cidade de Mendoza abriu uma investigação para apurar a morte de María del Valle González López que ocorreu após a jovem de 23 anos se submeter a um procedimento de aborto legal.

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