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Lei promulgada em Maceió obriga mulher a ver imagens de fetos antes de realizar aborto
A Câmara de Vereadores de Maceió (AL) aprovou recentemente uma lei que traz uma abordagem inovadora sobre o tema do aborto na cidade. De autoria do vereador Leonardo Dias (PL), a legislação propõe que as mulheres, nos casos legalizados, assistam a imagens do desenvolvimento do feto antes de decidirem pela interrupção da gravidez.
Além disso, de acordo com informações do portal UOL, a nova lei determina que a rede pública de saúde do município ofereça orientação sobre os riscos e consequências do aborto, promovendo encontros detalhados e didáticos entre os profissionais de saúde, as gestantes e seus familiares. O intuito é apresentar informações sobre métodos cirúrgicos e, por meio de vídeos e imagens, elucidar os procedimentos, como aspiração intrauterina, curetagem uterina e abortamento farmacológico.
Um aspecto singular da legislação é a ênfase na conscientização sobre a possibilidade da adoção do bebê, proporcionando às gestantes e suas famílias informações sobre esse processo. Caso a mulher opte por levar a gravidez adiante, mas sem manter o vínculo materno, a unidade de saúde deverá comunicar o caso à Vara da Infância e da Juventude, visando estimular a adoção por famílias interessadas.
Consequências do procedimento de aborto
Leonardo Dias destaca que a iniciativa visa informar as mulheres sobre as repercussões físicas e psíquicas do aborto, ressaltando que muitas vezes essas consequências são desconhecidas. A legislação menciona uma série de impactos negativos, veja a seguir:
- perfuração do útero, quando o aborto é realizado pelo método de aspiração;
- ruptura do colo uterino;
- histerectomia;
- hemorragia uterina;
- inflamação pélvica;
- infertilidade;
- gravidez ectópica;
- parto futuro prematuro;
- infecção por curetagem mal realizada;
- aborto incompleto;
- comportamento autopunitivo;
- transtorno alimentar;
- embolia pulmonar;
- insuficiência cardíaca;
- sentimentos de remorso e culpa;
- depressão e oscilações de ânimo; e choro desmotivado, medos e pesadelos.
Embora a legislação reconheça as hipóteses legais para o aborto no Brasil, o vereador ressalta a importância de destacar as sequelas que podem ser deixadas nos procedimentos abortivos. Além disso, ele alerta sobre a relação entre o aborto provocado e o espontâneo, apontando que o risco de abortamento espontâneo é aumentado após a realização do aborto induzido.
Essa abordagem inovadora busca, de acordo com o autor do projeto, fornecer informações abrangentes para que as mulheres possam tomar decisões conscientes, considerando não apenas os aspectos legais, mas também os impactos em sua saúde física e emocional.
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