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Paciente enfrenta 16 anos de idas e vindas no SUS para poder retirar tumor do pescoço

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Denize Campos, uma catadora de materiais recicláveis residente em Niterói, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, tem enfrentado uma longa jornada de 16 anos à espera da retirada de um tumor benigno em seu rosto através do sistema público de saúde. O caso revela as dificuldades enfrentadas por muitos brasileiros que dependem exclusivamente do SUS (Sistema Único de Saúde) para obter tratamento médico.

De acordo com informações do portal G1, o drama de Denize começou em 2008, quando notou um pequeno caroço em seu rosto, que inicialmente pensou ser uma picada de mosquito. Após buscar atendimento nos postos de saúde locais, enfrentou uma série de obstáculos, incluindo longas esperas por exames e consultas. O que era para ser uma simples intervenção cirúrgica tornou-se uma saga de burocracia e frustração.

Após anos de espera, Denize finalmente conseguiu ser atendida por um especialista no Hospital Universitário Antônio Pedro em 2017, e entrou na fila para a cirurgia. No entanto, após mais de cinco anos de espera, foi informada de que a unidade de saúde não realizaria mais o procedimento. Isso a obrigou a retornar à fila do posto de saúde, reiniciando todo o processo.

A situação de Denize se tornou ainda mais desafiadora quando, a uma semana da operação prevista, foi informada de que não havia cirurgião disponível para realizar o procedimento. Tal revés a deixou desanimada, tendo que recomeçar o processo do zero.

Desesperada, Denize recebeu um encaminhamento para consulta com outro especialista em janeiro deste ano, mas ciente de que poderá enfrentar mais longas esperas. Sua filha mais velha, Carolina, tem sido uma aliada na busca pela cirurgia, buscando recursos além do sistema de saúde.

Para Denize, a cirurgia não representa apenas uma questão estética, mas sim a oportunidade de melhorar sua qualidade de vida. Sem um emprego fixo, ela espera que a operação a capacite a buscar novas oportunidades de trabalho e a viver sem o constrangimento causado pelo tumor em seu rosto.

Em resposta ao caso de Denize, o Hospital Universitário Antônio Pedro afirmou que encaminhou a paciente de volta aos sistemas de regulação em setembro do ano passado, devido à falta de especialistas na unidade. A Secretaria Estadual de Saúde confirmou que Denize foi incluída no Sisreg (Sistema Nacional de Regulação) para consulta em cirurgia de cabeça e pescoço, com unidades habilitadas para realizar o procedimento.

Enquanto isso, a Prefeitura de Niterói e a Secretaria de Saúde local garantiram estar empenhadas em agilizar o retorno de Denize ao tratamento, buscando a liberação da vaga necessária para a cirurgia.

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