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Grupo de esquerda convoca “todes” para manifestação em solidariedade ao povo palestino

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Uma convocação política que expressa solidariedade ao povo palestino em um conflito com Israel foi publicada nesta quinta-feira (12) no Instagram. Emitido pelo grupo Faísca Revolucionária, o comunicado diz condenar fortemente as reações de Israel na região, descrevendo-as como “crime de guerra sem precedentes” e acusando o Estado de Israel de ser “ilegítimo e imperialista”.

Na declaração, o grupo reconhece a complexidade da situação, e diz não endossar os métodos e estratégias do grupo terrorista palestino Hamas, que busca estabelecer um Estado teocrático. Em vez disso, enfatiza a defesa do direito à autodeterminação nacional do povo palestino e a visão de uma Palestina operária e socialista onde árabes e judeus possam conviver pacificamente.

Contudo, o que mais chamou atenção no convite a manifestação foi a utilização do pronome neutro. Ao chamar o público para um ato que ocorrerá em Porto Alegre, no Memorial Luiz Carlos Prestes, o grupo de esquerda utiliza a palavra “todes”.

A economista Renata Barreto repercutiu o comunicado por meio de sua conta oficial na plataforma X: ““Todes” pela Palestina. Eu conto ou vocês contam?”, ironizou Renata.

Anexado ao post, Renata inseriu uma reportagem da BBC falando sobre o caso de Ahmad Abu Marhia, um homossexual de 25 anos que, em outubro do ano passado, foi encontrado decapitado na região ocupada da Cisjordânia. O caso levou à prisão de um suspeito pela polícia palestina.

O pronome neutro é uma proposta da comunidade LGBTQ, que na palestina, não é tolerada. Isso porque embora a prática homossexual seja legal na Cisjordânia, ela é considerada ilegal na Faixa de Gaza.

Grupos LGBTQ em Israel afirmam que ele havia recebido ameaças por ser gay e que buscava asilo lá. Enquanto o vídeo do crime se espalhou, a polícia afirmou que o motivo ainda é incerto. Amigos dizem que ele foi sequestrado para a Cisjordânia, mas a família nega e afirma que ele a visitava regularmente.

Nas repostas da postagem da economista, o convite feito pelo grupo de esquerda foi massivamente ridicularizado: “Essa turma seria a primeira a ser esfolada viva. O responsável pelo panfleto teria a cabeça exposta pra servir de exemplo do que não fazer”, disse um usuário. “Jovens contemporâneos, além de ter paixão por drogas e traficantes, vão a uma festa rave na FAIXA DE GAZA e escondem-se de terroristas atirando dentro de BANHEIROS QUÍMICOS (plástico). A estupidez dos jovens de hoje é impressionante!”, pontuou outro.

Outro usuário comentou: “Essas coisas não tem que contar. Tem que deixar eles descobrirem por conta própria. A gente só assiste de longe”, disse.

Atualmente, cerca de 90 palestinos LGBT vivem como solicitantes de asilo em Israel, onde só recentemente puderam buscar trabalho.

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