Connect with us

Aconteceu

Coreia do Sul aprova lei que proíbe expressamente o consumo de carne de cachorro

Published

on

Parlamentares sul-coreanos deram um passo significativo em direção ao bem-estar animal ao aprovar, nesta terça-feira (09) por unanimidade, um projeto de lei que proíbe a criação, abate e venda de carne de cachorro a partir de 2027. A decisão, que ainda aguarda a aprovação formal do Conselho de Estado e a assinatura do presidente Yoon Suk-yeol, marca uma mudança importante em uma prática enraizada na cultura do país por séculos.

De acordo com informações do jornal The Guardian, o presidente Yoon, conhecido por seu apoio aos animais de estimação e por adotar cães e gatos de rua, desempenhou um papel crucial no crescente apoio à proibição. Sua esposa, Kim Keon-hee, também se manifestou contra essa prática. A nova legislação foi aplaudida por ativistas e entusiastas de animais de estimação, enquanto tradicionalistas argumentam que a carne de cachorro é uma receita sul-coreana tradicional e defendem o direito de consumi-la.

A proibição reflete uma mudança cultural, uma vez que pesquisas recentes indicam que a maioria dos sul-coreanos não inclui mais a carne de cachorro em sua dieta. O projeto de lei estabelece que a criação, venda ou abate de cães para consumo resultará em penalidades de até três anos de prisão ou multas de até 30 milhões de won (aproximadamente R$ 110 mil).

A lei visa promover os valores dos direitos dos animais, buscando o respeito à vida e uma coexistência harmoniosa entre humanos e animais. Importante ressaltar que não há punições previstas para o consumo da carne de cachorro em si. Em 2022, estimativas indicavam que cerca de 1.100 fazendas mantinham 570 mil cães para consumo, servindo uma rede de aproximadamente 1.600 restaurantes. Produtores alegam que a proibição afetará 3.500 fazendas, responsáveis por 1,5 milhão de cachorros, e planejam protestos e apelos à Corte Constitucional em resposta à medida.

Advertisement
Advertisement
Advertisement

Mais Acessados