Aconteceu
Homem é indenizado em R$ 242 milhões depois de passar 20 anos na cadeia injustamente
Dean Gillispie foi liberto em 2011, e teve sua inocência reconhecida em 2021.
Ações promovidas por um departamento de polícia e um ex-detetive levaram um homem de Ohio, nos Estados Unidos, a passar 20 anos preso injustamente. Agora, após uma decisão judicial, eles deverão indenizá-lo em US$ 45 milhões.
De acordo com informações da emissora WLTX, afiliada da rede CBS, a condenação injusta ocorreu em 1991, quando a polícia de Miami Township e o ex-detetive Scott Moore suprimiram evidências e adulteraram identificações de testemunhas oculares nos casos de sequestro e estupro de uma mulher e de duas meninas gêmeas.
Dean Gilliispie, que hoje tem 57 anos, foi condenado no condado de Montgomery, e liberto apenas em 2011, graças a ajuda de sua mãe, Juana Gillispie, e da intervenção do Ohio Innocence Project, da faculdade de direito da Universidade de Cincinnati, que agiram pela sua liberdade, e para que seu nome fosse limpo.
Em declaração à imprensa, o diretor do projeto Ohio Innocence, Mark Godsey, afirmou ser difícil conceber o que classificou como horror infligido, o que aconteceu com Dean, sua família e comunidade: “A maneira como as autoridades forçaram uma condenação e depois reagiram e se recusaram a admitir um erro foi tão decepcionante. Nada pode compensar Dean pelo horror”, afirmou Mark.
Ele acrescentou que a decisão final do júri está enviando uma mensagem aos que estão no poder, de que eles “precisam mudar a maneira como fazem as coisas”.
Em entrevista ao jornal USA Today, Jim Petro, co-autor de um livro sobre condenações injustas, celebrou a decisão da justiça, apesar da demora: “A justiça prevaleceu neste caso, embora tenha demorado muito, muito, muito tempo para que isso ocorresse”, declarou.
Desde o primeiro momento, Dean se manteve firme contestando sua condenação e afirmando sua inocência. Contudo, apenas em 2021, um juíz do condado de Montgomery o declarou como uma pessoa presa injustamente. Evidências que poderiam ter auxiliado a defesa foram ocultados, conforme conclusão do júri do processo civil federal.
À época, o ex-detetive Scott Moore mentiu ao dizer que uma testemunha o tinha identificado e, logo mais tarde, disse às vítimas, para confundi-las, que elas poderiam não reconhecer Dean no tribunal pois ele tinha “pintado o cabelo”.
Além disso, também foram apresentadas evidências de que o ex-detetive não divulgou recibos de acampamento que eram o álibi de Dean por mostrarem que ele estava no estado de Kentucky, e não no Alabama quando os crimes ocorreram.
-
Aconteceu3 dias ago
Show “gratuito” de Madonna no RJ contará com patrocínio estatal de R$ 20 milhões
-
Aconteceu6 dias ago
Brasileiro mostra barra de chocolate Garoto mais barata nos EUA que no Brasil, onde é fabricada
-
Aconteceu5 dias ago
Número de pessoas que apostam online é 7 vezes maior do que os que investem em ações
-
Aconteceu7 dias ago
Âncora da Globo que chamou Bolsonaro de ‘genocida’ é demitido por assédio sexual