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Jornalista da Globo se revolta após matéria feita por ele ser checada pelo Twitter

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O Twitter não é mais como era antes, ou como ainda é nas redes sociais da Meta Platforms, Inc., onde as informações da mídia tradicional são tratadas como verdade absoluta, a despeito de seus erros, muitas vezes prejudicando interlocutores na rede social.

Sob o comando de Elon Musk, o Twitter tem se comprometido em criar uma comunidade cada vez mais livre em expressão. Uma das medidas que exemplifica esses esforços é a função ‘Notas da comunidade’. Na realidade, como aponta o site especializado Canaltech, o recurso foi criado em 2020, na gestão anterior da plataforma, portanto. Contudo, foi após Musk que ganhou expansão.

Dispensando agências de checagem, o ‘Notas’ possibilita a colaboração das pessoas na criação de textos com o propósito de “confrontar” tweets contendo informações falsas, distorcidas ou incompletas, incluindo sempre links de notícias até mesmo da própria mídia tradicional. E foi esse recurso que incomodou Guilherme Caetano, um jornalista de O Globo no Twitter.

Em um desabafo nesta quarta-feira (28), o profissional se revolta afirmando que o recurso possibilitou que a desinformação tomasse conta do Twitter.

Twitter, a rede social e servidor para microblogging, que permite aos usuários enviar e receber atualizações pessoais de outros contatos.

Sem provas, Guilherme acusou o Notas da Comunidade de ser uma ferramenta para deslegitimar a informação, quando na verdade ela esclareceu pontos que não ficaram em destaque na matéria. Isso porque o escopo da chamada “‘Rancho Zema’: governador de MG investe R$ 41 milhões para reformar estrada que leva a sítio de sua família”, induz o leitor a entender que o governador Romeu Zema investiu em uma estrada apenas para benefício próprio.

O problema, é que segundo o governo de Minas Gerais, a área abrangida pela restauração da via em questão se estende por 107 km, adicionando-se aos 637 km já recuperados pelo governo de MG. De acordo com as autoridades, o trecho da MG-428 tem enfrentado décadas de negligência em termos de intervenções e melhorias significativas, sendo apenas alvo de reparos pontuais para tapar buracos.

Guilherme afirma que esta informação, que está contida no ‘Notas da Comunidade’, também há na reportagem escrita por ele juntamente com a jornalista Bianca Gomes. Contudo, o que o recurso do Twitter buscou esclarecer foi apenas o ponto de que a estrada não foi para beneficiar o governador mineiro.

Ou seja, a matéria de fato não está incorreta, mas reforça um sensacionalismo, algo que o ‘Notas’ acabou por esclarecer.

A reclamação de Guilherme, é que sites de extrema-direita estariam o acusando de ser mentiroso.

Matéria do jornal O Globo foi checada pelo Twitter.

Diversos usuários do Twitter saíram em defesa da ferramenta, e rebateram a explanação feita pelo jornalista do O Globo. Entre os destaques estão um leitor do jornal, o oncologista Bruno Filardi, e Eli Vieira Jr., jornalista do Gazeta do Povo.

Enquanto Bruno afirmou que a matéria do jornal cometeu erro, Eli aproveitou para destacar o que apontou como eficiente o Notas da Comunidade fazendo duras críticas ao recurso de checagem do Facebook, que na realidade, levou, segundo ele a sua censura na rede social.

Vale lembrar que a afirmação de que o ‘Notas da Comunidade’ foi tomado por pessoas de extrema-direita não é verdadeira. Usuários de qualquer espectro ideológico podem fazer parte do grupo que atua no Notas. Os únicos requisitos apontados pela plataforma para que alguém integre o recurso é que o usuário:

  • Não enfrente sanções, como suspensões ou banimentos, ou infringiram recentemente as políticas do Twitter;
  • Possua uma conta registrada há pelo menos seis meses, o que visa evitar que usuários banidos criem perfis falsos para deixar ‘Notas’;
  • Possua verificação de um número de telefone; esta é obrigatória, deve ser de uma fabricante reconhecida e não estar vinculado a outro perfil.

Em meio a reclamação de Guilherme, a própria postagem no fim das contas, acabou sendo checada mais uma vez. Em seu desabafo, a plataforma incluiu uma nota esclarecendo que “o programa Notas da Comunidade não funciona pelas regras da maioria. Para identificar notas úteis a uma grande variedade de pessoas, as notas exigem acordo entre os colaboradores que às vezes discordaram em avaliações anteriores. Isso ajuda a evitar avaliações injustas”.

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