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Lei de Sargento Fahur de doação de órgãos de bandidos é questionada por Paulo Pavessi

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O deputado Sargento Fahur, do PSD do Paraná, protocolou na última quinta-feira (14), um projeto de lei que vem gerando intenso debate no cenário político e social brasileiro. A proposta visa alterar a lei nº 9.434 de 1997, que regula a doação de órgãos no país. O projeto de Fahur propõe que em casos de morte em confronto com as forças de segurança, a doação de órgãos seja compulsória, ou seja, sem a necessidade de consentimento de um parente.

A motivação do deputado para a apresentação desse projeto parece estar relacionada à busca por uma maior disponibilidade de órgãos para transplantes no país. Conforme destacou a reportagem do jornal Estadão, a iniciativa surge pouco tempo depois de um evento que chamou a atenção do público: o apresentador Fausto Silva, mais conhecido como Faustão, recebeu um transplante de coração e usou sua visibilidade para apelar por mais doações de órgãos.

Faustão passa por transplante cardíaco em SP e procedimento é realizado com sucesso.

Em apoio a essa causa, familiares do apresentador vieram a Brasília para manifestar apoio a um projeto de lei que já tramita na Câmara dos Deputados desde o início do ano. Esse projeto, de autoria dos deputados Maurício Carvalho (União-RO) e Marangoni (União-SP), propõe a chamada “doação presumida de órgãos”, na qual a autorização para a doação seria automática, a menos que houvesse uma manifestação prévia em contrário, invertendo o atual papel da família nesse processo.

Paulo Pavessi, pai de Paulinho Pavessi, vítima de traficantes de órgãos.

O projeto de lei de Fahur, por sua vez, é mais radical em sua abordagem. Ele determina que, em casos de “confronto contra ações legítimas do Estado”, a doação de órgãos, tecidos e partes do corpo seja compulsória, sem a necessidade de permissão da família. Além disso, caso os órgãos não possam ser utilizados em transplantes, o corpo do falecido seria destinado para faculdades de medicina “para fins de estudo e de pesquisa científica”.

Sargento Fahur.

A proposta do deputado Fahur foi apresentada à Mesa Diretora da Câmara dos Deputados e agora seguirá para a análise das comissões formadas por parlamentares antes de ser votada pelo plenário da Casa. Caso seja aprovada, ainda precisará passar pelo Senado Federal e ser sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

No entanto, o projeto tem gerado polêmica e críticas. Paulo Pavessi, também conservador e pai de um filho que foi vítima de traficantes de órgãos por exemplo, questiona a lei e apresenta duas hipóteses que levantam preocupações.

Usando a plataforma X, antigo Twitter, ele questionou se a proposta pode resultar na retirada de órgãos de pessoas inocentes que foram atingidas por engano em confrontos entre a polícia e criminosos: “Imaginem a seguinte situação. Seu filho está numa balada com amigos. Há uma confusão entre bandidos e polícia. Seu filho é atingido sem fazer parte do conflito. É levado para o hospital. Dizem que ele foi ferido em confronto. Retiram os rins e ele morre. Como fica?”, argumentou.

Além disso, Pavessi levanta a questão sobre a qualidade dos órgãos obtidos dessa maneira, sugerindo que podem ser de qualidade inferior devido ao estilo de vida dos envolvidos em confrontos com a polícia: “Hipótese da lei do @SargentoFAHUR , número 2. O bandido em conflito com a polícia é usuário de drogas e alcool, além de comportamento promíscuo. Você aceitaria um órgão dele, sabendo do estilo de vida que ele tem? Ou você acha que os bandidos possuem órgãos saudáveis”, disse.

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