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Americanas perde mais de R$ 100 milhões por dia com ataque hacker, dizem especialistas

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Sites e aplicativos do grupo B2W digital estão fora do ar caminhando para o terceiro dia de indisponibilidade na manhã desta terça-feira (22), e de acordo com informações do jornal Folha de São Paulo, o prejuízo para a empresa não é pouco. Especialistas em varejo, com base nos dados de vendas da companhia no terceiro trimestre, dizem que até esta segunda (21), a empresa havia perdido cerca de R$ 220 milhões.

No terceiro trimestre, a Americanas atingiu R$ 9,9 bilhões de volume bruto de mercadorias vendidas na internet (GMV digital), incluindo produtos próprios e de terceiros. Com isso, a venda média diária em portais do grupo no período foi de R$ 110 milhões.

O terceiro trimestre de 2021 foi o primeiro após a combinação dos ativos que resultou na formação da Americanas S.A, a partir da fusão entre Lojas Americanas e B2W, até então dona da Americanas.com, Submarino e Shoptime. Com isso, as vendas na plataforma digital do grupo, que costumavam representar cerca de 60% do total, saltaram a 77% do GMV no período.

Americanas perde mais de R$ 100 milhões por dia com ataque hacker, dizem especialistas.

As ações da Americanas chegaram a liderar as quedas no pregão desta segunda. Elas encerraram o dia como a terceira maior baixa: recuo de 6,61%, com o papel cotado a R$ 31,49. Com isso, a empresa amargou uma perda de valor de mercado de mais de R$ 2 bilhões, segundo dados da Refinitiv.

O Procon-SP notificou a Americanas nesta segunda-feira a apresentar explicações sobre o que ocorreu nos sites da companhia no fim de semana. A autarquia quer saber se o ataque afetou o banco de dados da empresa e se a varejista adota medidas de segurança para proteger os dados pessoais de acessos não autorizados.

O Procon lembra que a empresa deve cumprir a Lei 8.078/90, que permite ao consumidor se arrepender das compras online no prazo de sete dias e receber de volta os valores pagos.

Comunicado no site americanas.com.br

Em relatório divulgado no início deste mês, o banco Goldman Sachs estima que as vendas digitais do grupo devem somar R$ 39,8 bilhões em 2021 e, este ano, R$ 52,9 bilhões. Com isso, a representatividade do digital nas vendas totais aumentaria de 75% para 77%, respectivamente. Ou seja: não importa tanto que as vendas nas lojas estejam ocorrendo normalmente, porque a Americanas se tornou uma operação essencialmente digital.

De acordo com a reportagem do jornal Folha de São Paulo, o ataque hacker começou no sábado de manhã, e a empresa procurou derrubar o site e o aplicativo de Americanas.com e Submarino a fim de tentar manter a segurança dos dados dos clientes. O ataque foi pensado para um momento de alta exposição para a Americanas: a marca promoveu no sábado uma noite de comemoração no reality Big Brother Brasil, da Globo, com show do cantor Thiaguinho.

Nas redes sociais neste fim de semana, muitos usuários reclamavam que não podiam acessar as ofertas anunciadas no programa, porque tanto site quanto aplicativo estavam fora do ar. Muitos também não conseguiam rastrear suas entregas agendadas.

Na manhã desta segunda, a Americanas passou a divulgar um comunicado a quem acessa a sua página: “A companhia informa que, por questões de segurança, suspendeu proativamente parte dos servidores do ambiente de e-commerce e atua com recursos técnicos e especialistas para normalizar com segurança o mais rápido possível. As lojas físicas não tiveram suas atividades interrompidas e permanecem operando”. O Submarino também divulgou comunicado semelhante a partir desta manhã e, o Shoptime, no início da tarde. Até então, quem tentava acessar os sites, encontrava uma mensagem de serviço indisponível.

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