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Jornalista que tenta desafiar Putin nas urnas tem candidatura vetada pelo governo

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A aspiração da jornalista antiguerra Ekaterina Duntsova em concorrer à sucessão de Vladimir Putin foi abruptamente interrompida pela comissão eleitoral russa. Alegando erros nos documentos protocolados, a comissão rejeitou o pedido de Duntsova, que lidera uma campanha pela democracia e pelo fim da guerra na Ucrânia.

De acordo com informações do canal de notícias Euronews, Duntsova, ex-jornalista de TV e ex-vereadora de 40 anos, residente em Rzhev, na região de Tver, viu sua tentativa ser frustrada devido a supostos equívocos em 20% das declarações feitas por seus apoiadores, segundo a comissão eleitoral. Entre as alegações, destaca-se a observação curiosa de que a assinatura de um dos apoiadores se assemelhava a “um gato”.

O presidente da Rússia, Vladimir Putin.

A jornalista, no entanto, anunciou que não desistirá facilmente, prometendo recorrer ao Supremo Tribunal. Apesar das adversidades, ela manifestou sua intenção de concorrer à presidência em 2024, solicitando o apoio do partido de oposição Yabloko, embora o líder do partido tenha afirmado não a conhecer.

Em seu site de campanha, Duntsova se apresenta como advogada, jornalista, mãe de três filhos e voluntária em um grupo local de busca e resgate de pessoas desaparecidas. Ela critica a trajetória da Rússia nos últimos anos, destacando a autodestruição, a dificuldade crescente na vida dos cidadãos comuns e a falta de liberdade de expressão.

Jornalista que tenta desafiar Putin nas urnas tem candidatura vetada pelo governo.

Apesar dos obstáculos, a jornalista persiste em sua defesa por “mudanças urgentes”, incluindo a cessação das hostilidades, reformas democráticas e a libertação dos presos políticos. Ela instiga a revisão das prioridades orçamentárias, direcionando recursos para a melhoria da qualidade de vida em vez de investir em armamentos. Duntsova conclama a restauração das liberdades perdidas e a criação de um país mais atraente e confortável para seus cidadãos.

Entretanto, desde que anunciou sua intenção de concorrer à presidência, Duntsova enfrentou questionamentos do Ministério Público sobre sua postura em relação ao conflito na Ucrânia. Além disso, o banco russo VTB bloqueou transferências em seu nome, e o Ministério da Justiça inspecionou o cartório onde o registro do comitê de eleitores de Duntsova foi certificado. A jornada da jornalista rumo à presidência enfrenta desafios consideráveis, mas ela permanece determinada em sua busca por mudanças significativas.

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