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Após ser impedida de se matricular na USP, jovem autista ganha bolsa em escola nos EUA
Jovem, adepta do homeschooling, foi impedida de cursar na USP por não ter diploma de ensino médio, embora tivesse passado na prova como a 5ª melhor nota.
Embora tivesse passado na prova da Fuvest para Engenharia Civil com a 5ª melhor nota entre os candidatos, Elisa Flemer, de 17 anos, foi impedida pela Justiça de se matricular na instituição da USP. O motivo? A jovem, adepta do homeschooling, não possui diploma do ensino médio.
A história de Elisa viralizou na internet e parece ter chegado até a empresa StartSe, a primeira Escola Internacional de negócios, que concedeu à Elisa, uma bolsa de estudos em seu campus em San Francisco (EUA).
De acordo com informações divulgadas pelo CEO da empresa, Junior Borneli, a bolsa da adolescente cobrirá todos os seus gastos no Vale do Silício, um dos maiores complexos de empresas de tecnologia do mundo.
“Nós, da StartSe, acreditamos que não são os diplomas que definem nossas habilidades, mas sim o conhecimento que se adquire. Por isso, decidimos acompanhar a Elisa no seu desenvolvimento.”
Com a bolsa, Elisa estudará administração de negócios e fará estágio, também na StartSe.
A informação também foi compartilhada por um dos sócios da StartSe, Mauricio Benvenutti, por meio de sua conta oficial no Instagram.
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Pouco conhecido no Brasil, o homeschooling é uma modalidade de ensino em que o aluno estuda de casa, sem qualquer tipo de vínculo com a escola.
Em entrevista ao portal R7, Elisa contou que decidiu pelo método depois que percebeu que estava aprendendo as matérias de modo muito mais rápido que os seus colegas.
Em casa, na cidade de Sorocaba (SP), a jovem pode montar sua grade de estudos, adaptá-la ao seu ritmo e entender quais eram as suas necessidades. Diferente ou não das formas de lecionar que conhecemos, Elisa passou em um dos vestibulares mais complicados do país, o que mostra que o homeschooling, em alguns casos, não é uma ideia de outro mundo sem sentido.
“A matéria é algo que você processa. É uma coisa metódica, mecânica, pega, aprende e passa para a próxima. Não é difícil, é apenas trabalhoso.”, diz a jovem.
Diagnosticada com autismo leve, o transtorno permite que Elisa seja mais focada e concentrada nos assuntos acadêmicos. Agora, a jovem terá a chance de desenvolver ainda mais e colocar em prática seus conhecimentos. Elisa certamente voará.
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