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Curiosidades

Dinheiro gasto na ‘Farofa da Gkay’ poderia acabar com a fome, na lógica dos militantes

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Mais um fim de semana se passou e dois tópicos chamaram atenção da mídia: atletas da Seleção e famosos na ‘Farofa da Gkay’. Apesar de se encontrarem em ambientes distintos, você não percebeu, mas ambos tinham o fator ‘grana’ em comum. A diferença entre eles, foi a abordagem feita nas redes sociais.

Jogadores da Seleção brasileira se reuniram em um restaurante no país que sedia a Copa, para um jantar onde comeram carne banhada a ouro. O episódio gerou polêmica com direito a textões de Walter Casagrande e muitos militantes canceladores afirmando que isso era desnecessário, uma vez que inúmeras pessoas passam fome no Brasil.

Jogadores comem carne banhada a ouro.

Ignorando o fato de que um ditador como Nicolás Maduro esbanja comendo churrasco, enquanto os venezuelanos passam fome e ninguém o critica por isso, os números do “cardápio de ouro” são de fato impressionantes.

Para se ter uma ideia, embora não seja possível precisar qual o corte experimentado por cada atleta, se sabe que o mais nobre do cardápio atende pelo nome de ‘Tomahawk steak’ e custa o equivalente a R$ 9 mil.

Entre as carnes que se pode identificar nas imagens do vídeo que viralizou, está também o ‘Golden Steak’, avaliado em 850 libras ou pouco mais de R$ 5,3 mil.

Carne banhada a ouro.

Uma matéria publicada na Folha de São Paulo diz que o episódio dividiu opiniões. Walter Casagrande desabafou afirmando que isso era completamente desrespeitoso: “São 62 milhões de pessoas que não têm café da manhã, almoço e janta. Mas os ídolos deles, quando aparecem numa matéria, eles estão comendo bife com ouro. Eu acho isso completamente desrespeitoso. Além de ostentar, além de ser no meio de uma Copa do Mundo, além de qualquer coisa”, desabafou.

E não foi somente Casagrande. Comentários fazendo paralelo entre a fome enfrentada por muitos brasileiros e o episódio de ostentação pelo consumo da carne banhada a ouro, se tornaram comuns nas redes sociais, seja no Twitter ou em comentários no Facebook.

O restaurante que os jogadores frequentaram, pertence ao chef-celebridade Nusret Gökçe, que há muito tempo faz sucesso na internet com seu jeito espalhafatoso de salgar a carne e que lhe rendeu o apelido de Salt Bae — o “mozão do sal”.

Longe de defender ou condenar o que os atletas fizeram, o que se pode observar é que uma abordagem totalmente diferente foi feita em meio a famigerada ‘Farofa da Gkay’, que lotou as manchetes da mídia, falando a respeito do que muitos chamaram de ‘a festa do ano’.

Festa ‘Farofa da Gkay’.

O evento não foi tão criticado quanto o episódio dos jogadores, ainda que a festa tenha custado bem mais que um prato de carne banhada a ouro.

Segundo informações da própria Globo, através do portal Gshow, quase R$ 8 milhões foram gastos na festa. Número que representa o triplo da última edição.

Para o evento, foram convidados artistas como Pabllo Vittar, Ivete Sangalo, Luísa Sonza, Matuê, entre outros.

Na lista de influenciadores, estavam nomes como Boca Rosa, Kéfera Buchmann, Arthur Picoli, Camilla de Lucas, bem como outros que nunca se eximiram de comentar a respeito da fome no Brasil.

Influenciadores que participaram da ‘Farofa da Gkay’.

O evento, que não foi aberto aos pobres, aconteceu nos dias 5, 6 e 7 de dezembro no Marina Park Hotel, um resort localizado em Fortaleza.

E para que não se diga que ninguém teve a oportunidade de pelo menos acompanhar imagens da festa, até que foi disponibilizado pela TV, mas era necessário, mesmo assim, pagar para isso: a transmissão foi exclusiva para assinantes do canal Multishow, da Globo, ou assinantes do Globoplay.

Qualquer pessoa não-militante sabe que não é obrigação da influenciadora Gkay acabar com a fome, porém o mesmo pensamento deveria se aplicar aos jogadores que comeram a carne banhada a ouro.

Mesmo assim, por alguma razão desconhecida, o paralelo entre a fome e o dinheiro esbanjado no evento não foi encontrado em nenhum comentário nas redes sociais entre os que criticaram os atletas. Contudo, uma coisa é fato: se você for usar a lógica dos próprios militantes, o dinheiro gasto na tal ‘Farofa da Gkay’, poderia muito bem acabar com a fome.

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