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Curiosidades

Estes fatores explicam o porquê do ovo de páscoa ser mais caro que o chocolate em barra

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Em 9 de abril, celebra-se a Páscoa com a tradicional troca de ovos de chocolate. No entanto, esta tradição está sendo gradualmente substituída por outras opções, principalmente devido ao alto preço dos ovos. Muitas imagens e comparações mostram que o preço do grama de chocolate em barra é muito mais acessível do que o preço dos ovos de chocolate.

Segundo a professora de economia Nadja Heiderich, da Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado, os ovos de Páscoa tradicionais estão perdendo a moral com o consumidor há um tempinho já. Isso porque os preços desses ovos estão tão fora da casinha que ninguém mais quer pagar o pato.

“Os consumidores estão buscando soluções mais baratas que vão desde às barras e bombons de marcas conhecidas, como as opções de fabricação artesanal de ovos e bombons. Por terem menor valor agregado e menores custos de produção, naturalmente são uma opção mais em conta”, opina.

Existem várias razões que justificam o alto preço dos ovos de Páscoa, as quais contribuem para um valor agregado mais elevado do produto.

Custo elevado da produção

Para atender à demanda sazonal da Páscoa, as empresas necessitam aumentar a quantidade de seus produtos e contratar mais trabalhadores, já que esses itens são produzidos somente durante alguns meses do ano.

Parreira de supermercado com ovos de páscoa.

A produção do ovo de Páscoa tem um custo mais elevado devido às embalagens utilizadas, que são maiores, mais resistentes e, consequentemente, mais caras. Ao contrário da embalagem da barra de chocolate, a do ovo precisa ser feita com materiais mais robustos para manter a forma do produto.

Logística de transporte e armazenamento

Devido à sua forma específica, os ovos de Páscoa exigem uma forma de armazenamento diferenciada em relação ao chocolate convencional, uma vez que o formato do produto pode favorecer uma maior rapidez em seu derretimento.

Ovos de páscoa no supermercado.

Para manter os ovos de Páscoa fresquinhos, as empresas precisam guardá-los em geladeiras turbinadas que consomem tanta energia elétrica quanto uma cidade inteira no verão. Além disso, como os ovos são maiores e mais frágeis que as barras de chocolate comuns, transportá-los é uma aventura estilo Indiana Jones, com direito a quedas, quebras e muita emoção. É tanto cuidado que parece que estamos transportando um ovo de dinossauro para o Jurassic Park! E para vender toda essa produção, são necessárias tantas viagens que os caminhões viram praticamente um segundo lar para os motoristas.

Alta do dólar e inflação

A Páscoa deste ano está com preços nas alturas e isso se deve a uma série de fatores econômicos. Segundo a especialista Nadja Heiderich, a pandemia, que começou em 2020, tem pressionado os preços do chocolate desde então e as marcas ainda sentem os efeitos dessa situação.

“Esse componente inflacionário não passou ainda, o que acaba impactando o setor. Além disso, tivemos uma alta considerável do dólar no ano passado, o que pode ter impactado a compra de insumos importados”, explica a professora.

Os dados do IPCA, que é a inflação oficial do país, divulgados nesta sexta-feira (10), mostram que os preços do chocolate em barra, bombons, achocolatados e outros derivados do cacau estão subindo em ritmo acelerado. Nos últimos 12 meses, houve um aumento de 11,63% nos preços dos chocolates em barra e bombons, e uma alta de 20,39% nos preços do chocolate e achocolatado em pó. Ou seja, o impacto inflacionário está atingindo não apenas os ovos de Páscoa, mas todo o universo chocolatudo. É uma situação que deixa qualquer chocólatra preocupado!

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