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Por péssima qualidade, CV e PCC rejeitaram metralhadoras que foram furtadas do Exército

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No início deste mês, um audacioso furto no Arsenal de Guerra do Exército em São Paulo chamou a atenção de todo o país, à medida que os detalhes do plano ousado vieram à tona. Com o objetivo de enriquecer e fortalecer as duas maiores facções criminosas do Brasil, o Primeiro Comando da Capital (PCC) e o Comando Vermelho (CV), os autores do crime esperavam lucrar com o desvio de metralhadoras .50 e armas de calibre 7,62. No entanto, a tentativa foi malsucedida, devido a um fator curioso: o estado de conservação precário das armas e à ausência de uma peça fundamental.

As informações foram publicadas no portal Metrópoles neste sábado (21). As metralhadoras .50, conhecidas por seu poder destrutivo, seriam capazes, segundo a reportagem, de perfurar a fuselagem de veículos blindados usados no transporte de valores. Os criminosos vislumbraram uma oportunidade de ouro, mas o plano começou a ruir quando a falta de uma fita metálica essencial para o carregamento de munição se tornou aparente. Essa peça em particular é controlada pelo Exército e, portanto, difícil de ser adquirida no mercado ilegal.

Fontes da inteligência da Polícia Civil do Rio de Janeiro confirmaram que a negociação das armas ocorreu em um grupo de WhatsApp frequentado por líderes do CV. Um fornecedor postou um vídeo no grupo exibindo as quatro metralhadoras .50 roubadas do arsenal em Barueri, no estado de São Paulo. No total, 21 armas foram desviadas, incluindo 13 de calibre .50 e outras oito de calibre 7,62. O crime só foi descoberto recentemente durante uma inspeção.

Até o momento, 17 armas foram recuperadas, mas o episódio expôs falhas graves na segurança do Arsenal de Guerra de Barueri. Além disso, o arsenal foi oferecido a um membro do PCC conhecido por liderar roubos espetaculares contra agências bancárias e carros-fortes. No entanto, ele recusou a compra, alegando que as armas estavam “velhas e em mau estado”. O fornecedor havia pedido R$ 350 mil por cada metralhadora .50 antiaérea e R$ 180 mil pelos fuzis. Embora esses valores fossem considerados justos no mercado negro de armas pesadas, não foram suficientes para convencer o criminoso a fechar o negócio.

O roubo das armas teve sérias consequências para o Exército, com cerca de 480 militares sendo isolados para fins de investigação interna desde o dia 11 de outubro. Esse isolamento permitiu que as autoridades militares ouvissem depoimentos e estreitassem o número de possíveis envolvidos no crime. A maioria dos militares foi liberada na terça-feira (17), mas aproximadamente 160 continuam impedidos de deixar o quartel.

O Comando Militar do Sudeste já identificou três militares suspeitos de terem ajudado no furto e está investigando a possível participação de outros membros das forças armadas e civis. Em resposta ao escândalo, o diretor do Arsenal de Guerra de São Paulo, Rivelino Barata de Sousa Batista, foi exonerado de seu cargo, embora tenha sido transferido para outra localidade, não demitido.

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