Ciência
Formigas são capazes de usar estratégia militar para acabar com inimigos, diz pesquisador
Se por um lado, o guerreiro chinês Sun Tzu tem a fama de pai da estratégia militar, por outro lado, há quem acredite que esse título fique com as formigas. Um dos defensores dessa afirmação é Mark Moffett, pesquisador do Museu Nacional de História Natural dos EUA. O americano, que também é um fotógrafo de mão cheia, documenta o comportamento das formigas há décadas ao redor do mundo.
Em um artigo publicado em 2011 na revista ‘Scientific American’, e em seu livro “Adventures Among Ants” (Aventuras Entre Formigas), o pesquisador defende que as formigas são o único tipo de criatura capaz de guerrear da mesma forma que os Estados que os humanos organizam. Em outras palavras: as formigas podem, em formação cerrada, apostar tudo num confronto que pode significa a vitória ou a aniquilação.
Quem repercutiu a observação do pesquisador foi o jornal Folha de São Paulo, que destacou ainda, que para Mark, outros animais, como chimpanzés e lobos, podem se envolver em escaramuças “de fronteira” ou tocaias, porém nem chegam perto da escala homérica que caracteriza humanos e certas formigas.
De acordo com o pesquisador, entre as mais belicosas estão as asiáticas Pheidologeton diversus, ou formigas-saqueadoras, e as espécies de formiga-correição, como a Dorylus nigricans, da África. Quer uma versão invertebrada dos hunos ou do exército poderoso de Gêngis Khan? Basta observar as colônias desses bichos. São hordas gigantescas (com até milhões de indivíduos) extremamente móveis, que não deixam pedra sobre pedra em seu caminho. Contudo, elas não são devastadoras por meio de uma mera força bruta.
A primeira vantagem estratégia delas é a formação cerrada, ou seja, a capacidade que empacotar muitas formigas na frente de batalha, criando uma muralha impenetrável de soldados. Assim como faziam os antigos gregos e macedônios.
Além disso, as formigas-saqueadoras desenvolveram seu próprio batalhão de operações especiais. O grosso do ataque fica dependente de operárias diminutas, que existem em um número expressivo e são relativamente descartáveis para o formigueiro, já os golpes de misericórdia nos inimigos mais parrudos são dados por “capitãs” enormes, que chegam a ser 500 vezes mais pesadas que as “soldadas rasas”.
De quebra, elas ainda funcionam como “tanque”, carregando operárias menores para a frente de batalha.
Formigas também são capazes de escravizar outras espécies “bombardeando” o formigueiro alheio com substâncias que deixam suas inimigas em pânico.
Para o pesquisador, os motivos que levaram algumas espécies de formigas a adotar esse tipo de expediente são muito parecidos com os que operaram nos Estados humanos. Segundo Mark, “as sociedades menores são mais flexíveis e acabam se mudando no momento em que o conflito aparece”, por outro lado, “as maiores conseguem guardar mais comida, força de trabalho e tropas de reserva, criando, assim, estradas, uma infraestrutura complexa além de exércitos para conquistar suas rivais”.
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