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Ciclistas afirmam que dupla com idades entre 50 e 60 anos pratica assaltos na Floresta da Tijuca
Integrantes da associação de ciclismo Trilha Transcarioca alertam para uma crescente preocupação com a segurança nas trilhas próximas ao Parque Nacional da Tijuca, uma área que abriga algumas das principais atrações turísticas do Rio de Janeiro.
De acordo com informações do jornal O Globo, criminosos, identificados como reincidentes por ciclistas assíduos, têm protagonizado uma série de ataques, gerando inquietação na comunidade de praticantes de esportes ao ar livre.
Mas o que é surpreendente em tudo isso é o detalhe peculiar a respeito dos meliantes. Os relatos descrevem duas duplas notórias com idades entre 50 e 60 anos, que operam, em sua maioria, entre a Vista Chinesa e o Corcovado.
As ações ocorrem, com maior frequência, nos fins de semana e feriados, períodos de alta movimentação, especialmente entre 10h e 14h. A audácia dos criminosos é destacada, apontando para a necessidade urgente de medidas eficazes.
Ricardo de Oliveira Matos, monitor ambiental do Parque Nacional da Tijuca, ressalta a peculiaridade da situação: “É impressionante porque todo mundo sabe quem rouba. A gente tem até apelido para eles, só a polícia que não consegue identificar. Nós não podemos privar o visitante do passeio dele, mas pedimos cuidado.”
Nos últimos dois meses, pelo menos 18 pessoas foram vítimas desses ataques em um local que deveria proporcionar refúgio e lazer. Contudo, muitos incidentes podem não ter sido formalmente registrados, aumentando a subnotificação. A falta de policiamento próximo a pontos turísticos críticos, como a Vista Chinesa, a Mesa do Imperador e a Pedra da Proa, acentua a sensação de vulnerabilidade entre os frequentadores.
A reportagem constatou uma presença limitada da polícia durante sua visita, corroborando as preocupações dos ciclistas. A tensão no ambiente é palpável, com relatos de abordagens armadas e confrontos que resultaram em ferimentos.
Embora as bicicletas não sejam alvo direto, a preferência dos criminosos por roubar pertences pessoais destaca a natureza oportunista e perigosa desses ataques. A complexidade das trilhas e a dificuldade de acesso para as autoridades amplificam os desafios enfrentados na repressão dessas atividades criminosas.
Frente ao cenário alarmante, a Comissão de Segurança no Ciclismo e o Comando Geral da Polícia Militar se reuniram, buscando soluções imediatas. No entanto, a complexidade das trilhas e a necessidade de estratégias eficientes desafiam a implementação rápida de medidas concretas.
Enquanto a investigação avança, ciclistas enfrentam um dilema entre o amor pela natureza e a necessidade de segurança. O Parque Nacional da Tijuca, embora enfatize não desempenhar o papel de segurança pública, destaca um monitoramento diário por uma equipe de 35 seguranças.
O desafio persiste, exigindo uma abordagem concertada para garantir a integridade dos frequentadores desse notável patrimônio natural.
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