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Argentina pretende congelar preços de itens de consumo em massa querendo conter inflação
A intenção do governo é segurar a taxa de inflação, que supera 50% ao ano.
O governo de Alberto Fernández, da Argentina, negociou com os setores industrial e de comércio o congelamento de preços de uma cesta de 1.245 produtos básicos por 90 dias, segundo o jornal La Nación. A intenção é segurar a taxa de inflação, que supera 50% ao ano.
De acordo com informações do portal UOL, a medida não é nem tão estranha assim diante da condução peronista do país e da proximidade das eleições legislativas, em 14 de novembro. Só que na Argentina e no Brasil, o congelamento de preços foi provado no passado e mostrou-se ineficiente. Represou o aumento da inflação, que subiu de novo, assim que a iniciativa foi eliminada.
Se você pensa que aqui no Brasil a coisa tá feia (e de fato está bem feia mesmo), melhor agradecer por não estar pior como na Argentina, que convive há anos com a escalada de preços, que corrói o poder aquisitivo da população. Sobretudo, de mais de 17 milhões de pessoas abaixo da linha de pobreza.
A Argentina já se valeu do congelamento de preços em pelo menos 7 momentos de alta inflação desde 1952. Nenhum resolveu a questão definitivamente.
A última tentativa foi em 2020, quando o governo lançou o programa Preços Máximos logo que a pandemia de covid-19 chegou ao país. Inicialmente, houve congelamento temporário dos preços de 23.000 produtos, e não precisa nem dizer que não deu certo.
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