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Ciência

Especialistas querem que você aceite menos anestesia para combater aquecimento global

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Você aceitaria menos anestesia em uma cirurgia para, dessa forma, ajudar a reduzir 0,1% da emissão de CO² na atmosfera? Especialistas estão recomendando a médicos que reduzam certos tipos de anestesia para combater o efeito das chamadas ‘mudanças climáticas’, o famigerado aquecimento global.

A sugestão foi feita por Mohamed Fayed, anestesista sênior do Henry Ford Health, organização de assistência médica sem fins lucrativos de Detroit, nos Estados Unidos.

Ele deu a declaração durante a conferência anual da American Society of Anesthesiologists, que aconteceu na última sexta (27), em Orlando, na Flórida. Segundo Fayed, “o aquecimento global está afetando cada vez mais nossa vida cotidiana, e a redução das emissões de gases de efeito estufa tornou-se crucial”.

Citando o estudo, publicado na Biblioteca Nacional de Medicina dos Estados Unidos, ele acrescentou ainda que não importa o quão seja pequeno, cada efeito pode se somar.

“Não importa quão pequeno seja cada efeito, ele se somará. Como anestesiologistas, podemos contribuir significativamente para esta causa fazendo pequenas mudanças em nossa prática diária – como diminuir o fluxo de gás anestésico – sem afetar o atendimento ao paciente”, disse.

Segundo a pesquisa citada por Fayed, a anestesia inalatória é culpada por até 0,1% das emissões de CO² no mundo. Essas emissões são consideradas o principal fator da mudança climática global. Assim, sentir mais dor ajudaria no combate ao aquecimento global.

A maioria das cirurgias onde são necessárias um anestesia geral requer um fluxo alto de gás fresco no início e no fim de um procedimento para alcançar rapidamente o efeito desejado. Contudo, o especialista argumenta que é seguro e eficaz diminuir o fluxo em outros momentos.

Para chegar a conclusão do estudo, os pesquisadores da Henry Ford Health diminuíram o fluxo de gás com o objetivo de reduzir o uso de anestesia para menos de 3 litros por minuto a cada cirurgia, sempre que possível. Esse esforço ficou concentrado apenas no uso de anestésicos inalatórios e produziu uma dimuição substancial no uso das drogas, às vezes até pela metade.

Os dados foram coletados de 13.000 pacientes submetidos à anestesia de março de 2021 a julho de 2021. Antes da intervenção, 65% dos casos estavam limitados ao limite de 3 L/m. No final, 93% dos casos conseguiram o resultado.

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