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Em SP, material didático dizia que Dom Pedro II assinou Lei Áurea; responsáveis são afastados

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Um material educativo utilizado nas salas de aula das escolas estaduais de São Paulo tem causado polêmica devido a erros históricos e factuais significativos. O conteúdo digital, produzido por uma equipe organizada pela Secretaria de Educação do Estado de São Paulo (Seduc), é utilizado por cerca de três milhões de alunos desde abril deste ano. No entanto, a divulgação de erros graves levou a medidas imediatas por parte da secretaria.

De acordo com informações do jornal Folha de São Paulo, um dos equívocos notáveis no material era a informação de que o imperador Dom Pedro II teria assinado a Lei Áurea em 1888, que aboliu a escravidão no Brasil. Na realidade, a Lei Áurea foi assinada por sua filha, a Princesa Isabel. Outro erro crasso estava relacionado à geografia paulistana, afirmando que Jânio Quadros, em 1961, quando era prefeito de São Paulo, emitiu um decreto proibindo o uso de biquínis nas praias da cidade. No entanto, a capital do estado de São Paulo não está localizada no litoral e Jânio Quadros foi prefeito até 1959.

Após a divulgação desses erros pela imprensa, a Seduc anunciou que “afastou os servidores responsáveis pelos graves erros didáticos no material digital” e se comprometeu a “reforçar a equipe de revisão”. A situação levantou preocupações sobre a qualidade do material educativo utilizado pelos estudantes do estado de São Paulo.

Em SP, material didático dizia que Dom Pedro II assinou Lei Áurea; responsáveis são afastados.

Além disso, em julho, a Secretaria de Educação do Estado de São Paulo declarou que não participaria do Programa Nacional do Livro Didático (PNLD), abdicando dos livros didáticos selecionados e comprados pelo Ministério da Educação (MEC), órgão federal. No entanto, devido à repercussão negativa, o governo estadual recuou da decisão em agosto e solicitou ao MEC a readesão ao PNLD, afirmando que reconsiderou a decisão em resposta ao diálogo com a sociedade e a rede de escolas.

Inicialmente, a Seduc planejava adotar um modelo de material didático totalmente digital a partir do 6º ano, com suporte físico para os anos iniciais, e 100% digital para os anos finais e o ensino médio. No entanto, a ideia de exclusividade digital gerou críticas, levando o governador Tarcísio de Freitas a anunciar que o conteúdo também seria disponibilizado em formato impresso, oferecendo aos alunos a opção de estudar digitalmente ou com materiais físicos, buscando atender às diferentes necessidades dos estudantes paulistas.

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