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CEO da Disney decide que empresa irá diminuir agenda progressista em seus filmes

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Após uma crescente onda de polêmicas, a Disney decidiu tomar uma decisão. Em uma recente apresentação aos investidores no Walt Disney World Resort, o CEO da Disney, Bob Iger, anunciou planos ambiciosos para o futuro da gigante do entretenimento, o que envolve uma mudança radical no conteúdo propagado pela empresa.

Conforme aponta uma reportagem da Reuters publicada na última quarta-feira (20), a declaração mais notável foi a promessa de “diminuir o barulho” na guerra cultural que tem envolvido conservadores e a Disney. Segundo a agência de notícias, isso sinaliza a intenção da empresa de evitar controvérsias políticas e sociais que abalem sua posição no mercado global de mídia e entretenimento.

Uma matéria do jornal britânico Daily Mail, que repercutiu a nota da Reuters, destaca que os comentários do executivo sobre focar no entretenimento em vez de em “questões ideológicas”, vêm após uma série de quedas nos índices de bilheteria de filmes produzidos pela empresa. Entre os mais notáveis são a versão live-action de A Pequena Sereia, Guardiões da Galáxia, Strange World e Lightyear.

Bob Iger retorna à Disney como CEO.

O compromisso com a neutralidade política e social vem em um momento em que a Disney enfrentou desafios e controvérsias significativas. Embora a empresa tenha superado as expectativas de lucro de Wall Street, sua receita ficou abaixo do esperado. O negócio de streaming, em particular, tem sido um desafio, assim como a busca por tornar seus filmes mais rentáveis e posicionar a ESPN para a transmissão direta ao consumidor.

Em 2022, a Disney se viu no centro de debates culturais nos Estados Unidos, quando criticou publicamente a legislação da Flórida que restringia a discussão sobre orientação sexual e identidade de gênero em salas de aula. Isso resultou em uma batalha judicial entre a empresa e o governador Ron DeSantis.

Ron DeSantis, governador do estado americano da Flórida.

Ainda segundo a reportagem da Reuters, a ênfase de Bob Iger em colocar o entretenimento acima de agendas sociais e políticas foi reafirmada durante a reunião anual de acionistas da Disney em abril, quando ele respondeu a críticas de investidores sobre a suposta preocupação excessiva da empresa com questões sociais.

“Nossa principal missão precisa ser entreter e causar um impacto positivo no mundo. Levo isso muito a sério. Não deve ser movido por agendas”, afirmou Iger na ocasião, segundo Reuters.

Além disso, a Disney enfrentou reações negativas em relação a representações de diversidade em suas produções, como um beijo entre um casal do mesmo sexo no filme Lightyear, da Pixar, e o protagonista abertamente gay da animação Mundo Estranho. Esses filmes representaram prejuízos financeiros significativos, totalizando mais de US$ 258 milhões de dólares, de acordo com o Deadline.

Diretor da Pixar aponta exigência excessiva como motivo do fracasso de Lightyear.

Além de seu compromisso em evitar polêmicas, Bob Iger anunciou que a Disney dobrará seu investimento em parques temáticos e navios de cruzeiro nos próximos 10 anos, reafirmando o foco da empresa em fortalecer seus principais motores de lucro.

Com essa mudança estratégica, a Disney busca equilibrar suas responsabilidades corporativas e culturais, mantendo-se relevante em um cenário de mídia e entretenimento em constante evolução e desafiador.

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