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Motivo por trás do fim da série de Duvivier na HBO é ainda mais curioso do que se pensava
Uma recente decisão envolvendo o canal HBO, bem como a renomada plataforma de streaming HBO Max ganhou muita repercussão na mídia. Se trata do cancelamento do programa “Greg News”, apresentado pelo humorista de esquerda Gregório Duvivier. O que poucas pessoas se atentaram foi ao motivo que fez a série chegar ao fim (e nem mesmo o próprio humorista quis se aprofundar nos comentários sobre).
Gostando ou não, o programa “Greg News” conquistou uma base fiel de fãs ao longo de seus sete anos de transmissão na HBO, com seu formato de humor ácido e análises políticas afiadas.
Não foram poucas as vezes que trechos do programa publicados no YouTube, ficavam no ‘Em Alta’ da plataforma. No entanto, a notícia de seu cancelamento pegou os fãs de surpresa, chegando até mesmo a levantar questionamentos sobre os motivos por trás dessa decisão.
De acordo com informações do jornal Estadão, o programa foi cancelado devido à aplicação da lei de cotas de tela. Esta lei, recentemente aprovada pelo governo e sancionada pelo presidente Lula, exige que as plataformas de streaming e emissoras de televisão incluam uma porcentagem mínima de conteúdo nacional em sua programação.
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— Danilo Gentili (@DaniloGentili) March 13, 2024
O problema surge quando se percebe que, apesar de ser um programa apresentado por um brasileiro, em língua portuguesa e com temática nacional, o “Greg News” não foi considerado como conteúdo nacional de acordo com os critérios da lei. Pela lei, o programa não é considerado um programa brasileiro – isso porque o Porta dos Fundos, que assina a produção, não é uma empresa brasileira, uma vez que foi parcialmente vendido para o então grupo americano Viacom, dono da MTV e Nickelodeon, em 2017, por R$ 8 milhões a cada um dos sócios.
Segundo uma reportagem da revista VEJA, os cinco sócios cariocas da produtora tem 49% do negócio. Os americanos da Viacom, 51%. Para que o programa continuasse no ar, a produtora deveria ser 100% brasileira.
Essa situação levanta questionamentos sobre a eficácia e a justiça da aplicação da lei de cotas de tela. Muitos argumentam que a medida acaba prejudicando produções nacionais de qualidade em favor de conteúdos de menor relevância, criados apenas para cumprir a cota exigida pela legislação. No fim das contas, o que fez o programa ser cancelado, foi uma legislação aprovada pelo governo do qual Gregório é apoiador.
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